O Sindicato Rural de Piratini promoveu na terça-feira (19), nas dependências da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), uma reunião em que forças políticas, Brigada Militar (BM) e entidades da sociedade civil organizada debateram a violência que tem assustado quem vive no meio rural.
Sobre o momento complicado, o sub-comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), major Paulo Scherdin, disse que a BM já estava monitorando a situação desde o segundo semestre de 2019, ocasionando operações também na área rural.
“Recebemos um reforço do Batalhão de Choque e passamos a fazer operações nas estradas, quando realizamos abordagens com o intuito de diminuir esses delitos. Concordo que essa reunião foi uma boa iniciativa para que possamos trocar informações com os integrantes do Sindicato, produtores e os demais residentes no interior”, disse, apontando a extensão territorial do município como um dos fatores de dificuldade para que se faça o policiamento ostensivo.
Quanto ao efetivo da BM, ele concordou que é reduzido, porém, ressaltou que novos policiais trabalharão nas cidades de maior necessidade, através do governo estadual.
Para o presidente da entidade promotora, Hugo Lobato, é o momento da instituição e da comunidade darem sua contrapartida para colaborar com as autoridades. Ele entende que há a necessidade de serem implementados programas desenvolvidos pelo Estado e destacou a importância do registro das ocorrências.
“A polícia trabalha com estatísticas e sem boletim de ocorrência isso é impossível. O produtor rural deve entender também que o Sindicato precisa ser procurado após as autoridades e, quem sabe, novamente ajudarmos como fizemos em outros tempos em que, com a contribuição sindical, mantemos com combustível e manutenção um veículo que patrulhava o interior”, sugeriu Lobato.