
A doméstica Márcia Eliane Sena D’Ávila, de 43 anos, está em campanha no Facebook, com o objetivo de arrecadar o total de R$ 1,5 mil, para pagar um exame realizado no laboratório do Hospital Santa Casa, em Pelotas, que permitirá saber se o nódulo que tem na tireoide é maligno ou benigno, e também, se é possível extraí-lo sem riscos durante a futura cirurgia.
Segundo Márcia, que alega falta de condição financeira para custear o procedimento, já que atualmente sua renda é somente os R$ 650 concedidos a quem tem Bolsa Família, o problema de saúde tem impedido de aceitar trabalhos como faxineira, por exemplo, pois não consegue realizar atividades que requeiram esforço.
“Sempre trabalhei, e se tivesse como fazer isso neste momento, não estaria pedindo. Mas me sinto muito cansada, até caminhar se tornou algo complicado. Isso fez com que eu, inclusive, recusasse um emprego como cozinheira de restaurante, uma vez que teria em virtude do que esse nódulo tem me feito sentir, falhar seguidas vezes ao trabalho”, explica a moradora do bairro Padre Reinaldo.
Ela disse ainda que, mesmo tendo conseguido R$ 400 em doações até o momento, já marcou o exame para o dia 29 deste mês, pressa que é motivada pelo alerta recebido recentemente da especialista que acompanha seu caso.
“Realmente não possuo o valor que custa o exame. Mas não tive outra alternativa a não ser agendá-lo. Portanto, saia de onde sair esse dinheiro, vou ter que fazer o procedimento no final de janeiro para ter o resultado em mãos dia 6 de fevereiro, data da minha nova consulta com a endocrinologista que me alertou sobre a necessidade urgente em descobrir se esse nódulo que tenho no pescoço pode ser operado, e também se é maligno ou não. Assim, espero que a comunidade me ajude”, apela Márcia.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Farias, disse que está a par do caso e que, inclusive, conversou com a doméstica na terça-feira (23). Ele explicou que esse exame não é coberto pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e que a Prefeitura poderia custear o procedimento, mas não de forma imediata.
“Ocorre que, ela me relatou não poder aguardar o período que necessitamos para a realização dos trâmites obrigatórios a serem feitos pelo município em casos como este. É preciso que respeitemos as devidas formalidades e isso, admito, leva algum tempo. Então ela optou por não esperar”, detalhou Farias.
As contribuições para a campanha podem ser realizadas pela a chave PIX, o CPF de Márcia: 00215537009.