Piratini: Doenças que podem causar a morte de cães limitam o recolhimento de animais ao Canil Municipal

Canil não conta com rede de água, o que dificulta a higienização do local. (Foto: Divulgação)

O novo Canil Municipal, situado no Cerro do Galdino, foi construído para melhorar a qualidade de vida dos cães recolhidos da rua pela ONG Amigo do Bicho e pelo Projeto São Francisco de Assis. Mas o que se mostrou inicialmente suficiente, hoje apresenta uma realidade bem diferente.

A super população de cachorros e cadelas que hoje estão no local, em torno de 120 animais, atualmente convivem com duas doenças que geralmente levam à morte. A cinomose e a parvovirose têm limitado o trabalho das ativistas que só levam novos cães para o canil em último caso.

“É um risco. Mas quando encontramos animais doentes ou fêmeas no cio temos que recolher e levar para o local. Sempre que podemos, esclarecemos para a população que o canil funciona como casa de passagem, pois se têm uma concepção errada sobre isso, já que muitas pessoas acham que temos a obrigação de abrigar e manter os cães presos lá o tempo todo”, explicou a ativista Elenara Adamoli.

Ele destacou que, para cada animal doente ou necessitando de algum cuidado que é levado para a estrutura construída pela Prefeitura, outro precisa ser solto no seu lugar de origem, ou seja, na mesma região onde foi recolhido,  e isso mantém o lugar sempre cheio de cachorros e cadelas.

Outra dificuldade, é que o canil não conta com rede d’água construída pela Corsan, sendo necessário ser abastecido por um caminhão-pipa, líquido que não é destinado à limpeza das baias e dos piquetes, pois para isso a água é retirada de um pequeno açude que está quase seco em virtude da estiagem.

“O açude de onde é captada a água para a limpeza está quase seco, e isso faz com que estejamos correndo risco de ter que soltar um grande número de animais na rua, como determina a Lei do Cão Comunitário, que nos faz ficar com o cão apenas para tratamento ou castração”, disse.

Ela encerrou dizendo que há pouco interesse em adotar um animal morador do Canil Municipal e que os que estão no local estão sedentos de carinho.

“É muito triste, pois bichos precisam de carinho e não temos quase ninguém que faça isso nos que estão confinados, bem como não encontramos adotantes que possam nos ajudar a diminuir o número de cães no local e dar um lar para eles”, encerra.

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