Piratini: Com 16 anos de carreira, Grupo Quatro Cantos lança a primeira música autoral 

Integrantes têm a expectativa que a música "Tenteando o Bico da Gansa abra as portas para o grupo em outras regiões do RS. (Foto: Divulgação)

Com 16 anos de carreira, a maioria deste tempo animando bailes para a 3ª idade, o Grupo Quatro Cantos, cria da Capital Farroupilha, lançou nesta sexta-feira (19) a primeira música autoral nas rádios que tocam o gênero bailão na Zona Sul, a partir do programa Raízes da Terra, atração gaúcha da Nativa FM, apresentado pelo radialista Darlan Pereira.

Escrita pelo gaiteiro Juliano Saraiva, 29 anos, “Tenteando o Bico da Gansa” tem a participação do consagrado Márcio Corrêa, que, em seu estúdio, também produziu os arranjos da música. Na opinião de Saraiva, a parceira é essencial para abrir as portas em outras regiões do Estado para o grupo musical.

“Convidá-lo para gravar conosco, além de ser uma honra, também serve como estratégia para divulgar e promover o nosso trabalho no Rio Grande do Sul, pois mesmo que já tenhamos 16 anos de existência, entendo que, em nível de Estado, ainda estamos começando”, destaca o gaiteiro.

Sobre a inspiração para escrever a letra, ele revelou que esta veio em 2022, ao consumir o trabalho de grupos como Tchê Lokedo e, é claro, daquele que é unanimidade quando o assunto é o estilo fandangueiro de bailão: João Luiz Corrêa.

O grupo teve início a partir da iniciativa do delegado aposentado Dagoberto Silva, que posteriormente passou a contar com o suporte técnico e com a experiência de Paulo Fabiano, o Paulinho do Porão Sertanejo.

Para Ednilso Teixeira, 39 anos, que comanda a percussão e é um dos fundadores do grupo, o Quatro Cantos, que está sempre com a agenda lotada, vive uma ótima fase.

“O momento que atravessamos é muito bom, na verdade, ótimo. Somos contratados com frequência para tocar em grande parte das cidades da nossa região. Afinal, se levarmos em conta que nosso primeiro baile foi somente dois anos após a fundação e aconteceu para os idosos do Grupo Renascer, a atual realidade nos deixa muito feliz”, avalia.

O vocalista Fagner Oliveira, 37 anos, também fundador e outra cria de Dagoberto, assina embaixo o que o colega afirmou. “Algumas pessoas podem achar que estamos dimensionando demais o nosso trabalho, mas não: Entendo que o Pai Velho lá de cima olhou para baixo e decidiu que chegou a nossa hora”.

Questionado sobre quando descobriu que tinha talento para a música, ele responde citando dois ditos populares: “Bom: sangue não é água e fruta não cai longe do pé, pois eu comecei tocando teclado em uma banda de rock e através do Dagoberto veio a ideia de criar um grupo para bailão e eu nunca mais toquei o instrumento”, conta Oliveira, que, a seguir, justifica tais ditados: “Cresci na beira do palco vendo meu pai, Adão Paulo, hoje vocalista do Gaudérios do Sul, cantando. Ali, durante boa parte da minha infância, eu ficava ‘babando’ ao assisti-lo. A vontade de fazer o mesmo, cantar, foi surgindo e agora entendo que só a genética explica”, finalizou a principal voz do Quatro Cantos, composto ainda por Pedro Teixeira, Alisson Almeida e José Vitorino Vaz.

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