Museu de Piratini se prepara para receber coleção Farroupilha

O acervo viajou para Porto Alegre, onde foi catalogado pela equipe do departamento de Memória e Patrimônio da Sedac. Foto: Rafael Varela

Durante o mês de janeiro, o Museu Histórico Farroupilha, de Piratini, localizado na Rua Cel. Pedroso, 77, instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), estará fechado para visitação do público. A instituição vai receber melhorias no espaço para acomodar a coleção Tche Voni Farrapo, que resgata fragmentos históricos da Revolução Farroupilha (1835-1845).

Reunida por Volnir Júnior dos Santos, conhecido nas redes sociais como Tche Voni, o acervo é fruto de mais de 20 anos de colecionismo e do amor de seu criador pela história do Rio Grande do Sul. Todo esse empenho resultou em uma coleção de quase mil peças, entre livros, espadas, balas de canhão, documentos, moedas e itens comemorativos do período Farroupilha.

A diretora do museu, Francieli Domingues, comenta sobre a importância das reformas. “Queremos ofertar ao acervo toda a segurança e comodidade ao ser exposto, bem como proporcionar ao visitante uma experiência única ao viajar no tempo por meio dessa exposição. É parte da República Rio-Grandense que está voltando para casa”, avalia.

Nestes dois primeiros anos de governo, a Sedac tem se empenhado no desenvolvimento de ações de qualificação de seus museus, no sentido de possibilitar um melhor aproveitamento, por parte da sociedade, de suas estruturas. “No caso do Museu Histórico Farroupilha, viabilizamos a execução de novo mobiliário expositivo, mobiliamos duas novas reservas técnicas para receber o novo acervo doado por Tche Voni, revisamos e melhoramos a rede elétrica e de iluminação do museu e instalamos cortinas de proteção aos raios solares nas áreas expositivas. Todas estas ações foram executadas com recursos de emenda parlamentar [do deputado estadual Luiz Henrique Viana] e do Fundo de Reconstituição de Bens Lesados, do Ministério Público Estadual”, explica o assessor especial de Memória e Patrimônio da Sedac, Eduardo Hahn.

Com o estabelecimento dessas parcerias e com a busca de novas iniciativas, a Sedac continua o trabalho de valorização e preservação do patrimônio cultural e da memória do Estado.

Um novo lar

A coleção cruzou o caminho do Museu Farroupilha pela primeira vez em 2019, com origem em um lugar pouco comum: um sonho. Nele, Volnir conta que recebeu a orientação de Miguel Arcanjo para levar o acervo para Piratini. Acordou disposto a seguir o conselho e, pelas redes sociais, manifestou o interesse de transformar a instituição na casa definitiva da coleção.

O documento de doação foi assinado em cartório em 11 de setembro, mesma data em que foi proclamada, em 1836, a República Rio-Grandense.

Ainda em 2019, a secretária da Cultura, Beatriz Araujo, e Francieli viajaram até Natal, no Rio Grande do Norte, onde mora Volnir. Lá, elas puderam conhecer os 29 volumes que acondicionavam a coleção.

O acervo chegou a Porto Alegre por meio da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Exército. Para isso, contou com a intermediação do deputado federal Ronaldo Santini (PTB-RS), que viabilizou o transporte.

A coleção foi catalogada e, agora, espera as adequações no Museu Histórico Farroupilha para a viagem final.

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