
O Sindicato Rural (SR) de Pinheiro Machado promove a maior feira e festa estadual de ovinos, a Feovelha. Esse é o evento que retrata a força e a importância sindical no setor da ovinocultura, tornando o munícipio reconhecido como a Terra da Ovelha. Em janeiro deste ano, ocorreu a 37ª edição ininterrupta.
Atualmente, a instituição é presidida pela Junta Governativa composta pelo presidente Heber Farias (Tripó), secretário Michel Côrrea e o tesoureiro Eduardo Peraça. Desde que assumiram a gestão, em dezembro de 2020, um dos objetivos era realizar a eleição para escolha da nova diretoria. A eleição sindical está marcada para o dia 26 de maio, na sede da entidade, com chapa única e vai eleger a diretoria, Conselho Fiscal e delegados representantes do SR.
Farias explica que em meio à pandemia de coronavírus, várias dificuldades surgiram, mas a instituição vem se reinventando e buscando alternativas para continuar com os serviços que são oferecidos aos sócios, bem como manter as contas em dia. “A Junta Governativa vem realizando uma campanha para atrair novos sócios e já temos bons resultados”, declara o presidente.
Antes eram realizados, em média, dois remates mensais, o que garantia o equilíbrio financeiro da entidade. Um dos problemas que o SR enfrenta é a proibição dos remates presenciais no Parque Charrua, devido aos protocolos da saúde que não permitem aglomerações. “A liberação dos remates é a maior dificuldade no momento e estamos trabalhando junto aos órgãos responsáveis para resolver esse impasse o mais rápido possível. Na segunda quinzena de abril tínhamos dois remates agendados e devido à bandeira preta, a Vigilância de Saúde não autorizou a realização”, explica Farias.
Pecuária
Para o presidente, a pecuária passa por um momento muito bom. “Tudo se valorizou. O rebanho bovino praticamente dobrou de preço, os ovinos também tiveram um aumento de preço. Na Feovelha vimos um aumento de 20% em relação ao ano anterior, embora o mercado da lã não tenha sido favorável este ano e muitos produtores ainda estão com a lã estocada”, afirma.
No entanto, segundo ele, a insegurança no campo causada pelos abigeatos e assaltos às propriedades rurais são fatores que geraram uma queda significativa na produção da pecuária na região. A baixa nos preços por um longo período também massacrou os produtores.
Além da pecuária, o município se destaca pela produção agrícola de soja, uvas e azeitonas, entre outras culturas. Conforme Farias, o cultivo da soja é crescente. Neste ano, foram plantados cerca de 7.500 hectares de soja e a estimativa da produção é de 50 sacos por hectare. “Com a valorização do produto no mercado, a expectativa é muito boa. Se prevê um aquecimento na economia do município que vai refletir positivamente em diversos segmentos do mercado”, conclui.