Qualidade das uvas pelotenses está em destaque durante o mês de fevereiro

Com meio hectare da fruta de mesa e de indústria, em torno de 1.070 plantas, a atividade entrou na propriedade como forma de diversificar a produção. (Foto: Adilson Cruz/JTR)

A produção de uvas em escala comercial, tanto de indústria quanto de mesa, vem conquistando seu espaço já há alguns anos nas propriedades rurais de Pelotas. Juntas, elas envolvem 56 produtores, que cultivam no total 50 hectares de parreiras e geram uma produção de 1.185 toneladas da fruta.

O casal de produtores Eduardo Scheutzow e Núbia Casari, e o pequeno Otávio, de 6 anos, com propriedade na localidade Ponte Cordeiro de Farias, realiza este ano a sua primeira colheita das variedades Niágara Rosada e Bordô.

Com meio hectare da fruta de mesa e de indústria, em torno de 1.070 plantas, a atividade entrou na propriedade como forma de diversificar a produção, antes dedicada ao morango e leite, este em parceria com o pai de Scheutzow, Raul Fernandes Scheutzow. “A decisão foi tomada durante um evento de abertura da colheita da uva porque achei muito bonitos os parreirais cheios de uvas”, diz o produtor, que agora pode apreciar de perto os parreirais tomando forma em sua propriedade.

O casal de produtores Eduardo Scheutzow e Núbia Casari, juntamente com o pequeno Otávio, de 6 anos, realiza este ano a sua primeira colheita das variedades Niágara Rosada e Bordô. (Foto: Adilson Cruz/JTR)

A estimativa é de colher entre 3,5 mil a 4 mil quilos da fruta, que vem sendo entregue na Central de Hortigranjeiros (Ceasa). A primeira a ser colhida foi a variedade bordô, que segundo o produtor teve uma produção ainda pequena, em torno de 100 quilos, e que foi destinada à fabricação de suco para consumo próprio.

A colheita das uvas, iniciada em 13 de janeiro, é escalonada conforme a uniformidade de maturação dos cachos. Segundo os produtores, a partir de agora aumenta-se o ritmo da colheita, que deve se prolongar por mais 15 dias.

Eles explicam que, como é primeira safra, a produção é menor, e vai se intensificando de ano para ano, conforme o desenvolvimento das plantas. O parreiral, implantado em 2017, teve um investimento inicial de mais de R$ 35 mil, na compra de mudas, madeiras, arames e irrigação.

A uva do tipo indústria, destinada à produção de sucos e vinhos e processadas em agroindústrias familiares locais, ocupa 31,5 hectares em 39 propriedades rurais de Pelotas, responsáveis pela produção de 630 toneladas. Outros 17 produtores se dedicam à uva de mesa, em 18,5 hectares de área e produção de 555 toneladas. Os dados se referem a produtores que se dedicam à atividade de maneira profissional e não incluem parreiras existentes para consumo próprio.

Os extensionistas rurais da Emater/RS-Ascar, os engenheiros agrônomos, Márcio Guedes e Rodrigo Prestes, ligados ao Escritório Municipal da Emater Pelotas acompanham de perto o trabalho destes produtores, auxiliando-os na implantação, manejos e problemas pontuais da cultura. Segundo Prestes, o custo de implantação de um hectare de uvas hoje chega a R$ 105 mil.

Abertura da Colheita e Feira Municipal
Devido à importância cada vez maior da fruta na economia do município e a exemplo de outras frutas como o pêssego e o morango, a colheita da uva também é celebrada e a fruta in natura vendida pelos produtores diretamente aos consumidores durante a Feira Municipal da Uva, que este ano ocorre de 4 a 20 de fevereiro, em diversos bairros da cidade, na praia do Laranjal e no Largo do Mercado Público.

No dia 4 de fevereiro, ocorre a 12ª Abertura da Colheita da Uva de Pelotas, às 11h, em frente ao Mercado Público do município. A data foi decidida durante reunião virtual, entre os envolvidos com o setor da cultura da uva em Pelotas, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (SDR), Emater/RS-Ascar, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pelotas (STR) e produtores rurais.

O objetivo da Abertura e Feira Municipal, organizadas pela SDR, Emater/RS-Ascar e STR, com o apoio da Embrapa e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), é oportunizar a comercialização da fruta, valorizar os produtores locais e mostrar aos pelotenses a qualidade da produção.

Enviar comentário

Envie um comentário!
Digite o seu nome