As vendas do pavilhão da Agricultura Familiar na 29ª Fenadoce, que terminou neste domingo (18), registrou 40% a mais de vendas em relação ao ano passado. A informação é do extensionista Renato Cougo, do Escritório Regional da Emater. Após 17 dias, a Feira da Agricultura Familiar fechou com vendas superiores a R$ 1,6 milhão.
De acordo com Cougo, encarregado pela organização do setor na Feira Nacional do Doce, em 2022 o volume de vendas da Agricultura Familiar tinha ficado em R$ 1.053.648,59.
O aumento das vendas em relação ao ano passado não se resume a todo o evento. No último sábado da Fenadoce em 2022 os expositores haviam somado R$ 114.180,00; neste ano, nesse dia este valor saltou para R$ 169.481,00, o que representa aumento de 34%.
“Superamos as expectativas, que até o início da Feira era de R$ 1,5 milhão”, disse Cougo. Conforme ele, mais uma vez o setor de embutidos (salames e linguiças) – presente nesta edição do Pavilhão da Agricultura Familiar em nove bancas de empreendedores de oito municípios (seis de outras regiões do estado) -, liderou as vendas, com quase 50% do total comercializado.
Mas não apenas de vendas e de embutidos se faz uma Feira da Agricultura Familiar. O extensionista da Emater relata que para muitos expositores a participação na Fenadoce deve representar negócios futuros.
É o caso da Agroindústria Brott Haus, de Dona Francisca (Centro do estado, a 315 quilômetros de Pelotas), que marcou presença pela primeira vez na Feira Nacional do Doce. O produto oferecido no estande chamou a atenção e abriu possibilidade de novos mercados na região para comercialização dos salgadinhos (chips) de aipim e batata doce. “É um produto diferenciado, para o expositor, além das vendas, só os contatos feitos valeram a Feira”, afirma o extensionista.
Outro ponto que ele destaca, para além da qualidade dos produtos oferecidos, é a apresentação das marcas, o que foi reconhecido por vários visitantes no pavilhão, não apenas de Pelotas e região, mas de fora do estado e até de outros países. “Evoluímos muito ao longo do tempo e as feiras foram muito importantes neste sentido”, reconhece.
Conforme Cougo, atualmente o Rio Grande do Sul conta com mais de 1,8 mil agroindústrias familiares legalizadas, aptas para produzir e comercializar seus produtos.
Mais de duas mil famílias neste momento estão em processo de formalização. Ele atribui esses números à política pública estadual instituída em 2011 pelo governo do Estado, que reconheceu as unidades como pertencentes não a um empresário, mas a um agricultor familiar, o que promoveu um tratamento diferenciado, voltado à simplificação dos processos burocráticos.
Reportagem atualizada às 10h29 desta segunda-feira para alteração dos números finais da feira