Pelotas: Vereador Cesinha (PSB) anuncia abertura da CPI da Secretaria da Habitação

O caso de supostas fraudes na Secretaria de Habitação foi apresentado em plenário por Brisolara na semana passada (Foto: Reprodução)

O vereador César Brisolara, o Cesinha (PSB), anunciou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades envolvendo a Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária de Pelotas. O requerimento para a abertura do processo foi apresentado na sessão ordinária de terça-feira (3) e já contava com 10 assinaturas, superando as sete necessárias para a instauração da CPI.

Até o fechamento desta matéria, haviam assinado o documento os vereadores Cauê Fuhro Souto (PV), Carlos Júnior (PSD), Jone Soares (PSDB), Michel Promove (PP), Cristiano Silva (UB), Fernanda Miranda (PSOL), Cristina Oliveira (PSB), Jurandir Silva (PSOL), Marcos Ferreira, o Marcola (UB), e Rafael Amaral (PP).

O caso de supostas fraudes na Secretaria de Habitação foi apresentado em plenário por Brisolara na semana passada. De acordo com o vereador, a pasta teria desvios de várias ordens, incluindo a regularização fundiária, apropriação de terrenos, pedidos de favores sexuais em troca de facilitação no acesso a programas habitacionais.

O episódio específico trata de um terreno localizado na avenida Juscelino Kubitschek, n° 4.063, que teria sido repassado para uma pessoa de forma irregular. A situação teria ganhado mais destaque após o então secretário da pasta, Paulo Corrêa, informar que sua senha havia sido utilizada indevidamente no sistema.

O vereador Cauê, participante da iniciativa de Brisolara, trouxe outro caso envolvendo um idoso que afirma ter tido sua casa apropriada pela sobrinha após se ausentar de sua residência por um período de cerca de cinco meses para tratamentos médicos. A mulher seria servidora de carreira da secretaria e teria passado a propriedade para o nome de seu pai para vendê-la. Na tribuna, Cesinha apresentou o boletim de ocorrência registrado pelo idoso. Nele, são citadas pessoas que teriam ajudado a mulher na venda irregular da propriedade, entre eles, dois servidores da secretaria e o vereador Marcola.

Procurado pela reportagem do JTR, o vereador afirmou não conhecer nem ter nenhum tipo de relação com o acusador. “Esse cidadão terá que responder juridicamente a calúnia que está fazendo sobre o meu envolvimento em qualquer processo e ele vai ter que se defender agora nos atos judiciais, que é o direito que ele tem por uma falsa acusação”, declarou Marcola. “Nunca estive na Secretaria de Habitação tratando de nenhum tipo de processo de uma pessoa que eu nem conheço. Então, estou muito tranquilo e irei buscar a minha reparação judicial no que diz respeito à indenização que ele terá que pagar por uma calúnia e difamação do meu nome. Ele e todas as pessoas envolvidas”, concluiu.

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