
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (Gaeco/MPRS) cumpriu um mandado de prisão preventiva e realizou revista pontual no Presídio Regional de Pelotas (PRP) na manhã desta segunda-feira (17). A ação fez parte da Operação Contas Abertas, que investiga organização criminosa — com base na Serra — envolvida com tráfico de armas e drogas, além de lavagem de dinheiro.
Coordenador do Gaeco Núcleo Sul e responsável pela continuidade da ofensiva, o promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas afirmou que o alvo da operação estava cumprindo pena em Pelotas por conta de medida judicial após o afastamento dele do Presídio Estadual de Bento Gonçalves. Durante a vistoria na cela do apenado, foram apreendidos celulares e outros materiais ilícitos que serão analisados e usados como provas na investigação. As diligências contaram com o apoio do Gaeco Núcleo Serra.
Operação Contas Abertas
Deflagrada na última sexta-feira (14), a Operação Portas Abertas contabilizou 26 prisões, 25 veículos e cinco imóveis apreendidos judicialmente, além do bloqueio de 274 contas bancárias. Cerca de 400 agentes cumpriram as ordens judiciais, incluindo cerca de 50 mandados de busca, em Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, São Valentim do Sul, Guaporé e Barros Cassal, além de outros em Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Equipes da Brigada Militar, da Polícia Civil e e da Polícia Penal participaram da ação.
O alvo foi uma organização criminosa que tem ramificações em várias cidades e também em outros Estados. Também ocorreu uma revista geral na Penitenciária Estadual de Bento Gonçalves e cumprimento de mandado judicial na Penitenciária Federal de Campo Grande, onde se encontra o líder do esquema criminoso. Entre os presos da operação estão a companheira do detento, que cumpre pena fora do Estado, e traficantes responsáveis pela contabilidade do grupo e lavagem de capitais, entre outros delitos. Os investigados, além de comprar imóveis e carros, adquiriram até uma cabanha.