Último fim de semana da Fenadoce tem boas expectativas para os expositores

A 30ª edição da Feira termina no domingo (4). Com a temática pautada na reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes de maio, o evento marcou um recomeço nas atividades culturais na região. Estima-se que 201 mil visitantes tenham passado pelo Centro de Eventos e 1,05 milhão de doces foram comercializados nos 12 primeiros dias. (Foto: Alair Junior)

A 30ª edição da Fenadoce de Pelo­tas encerra neste domingo (4). Com a temática pautada na reconstrução do Rio Grande do Sul após as en­chentes de maio, o evento marcou um recomeço nas atividades cultu­rais na região. Frente a essas adver­sidades, as opiniões sobre a movi­mentação gerada até o momento na Feira divergem entre o setor de ex­positores. Segundo os comerciantes, os pontos altos do evento têm sido os fins de semana.

De acordo com o último levan­tamento divulgado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), instituição organizadora da Feira, estima-se que 201 mil visitantes tenham passado pelo Centro de Eventos nos primei­ros 12 dias. Já se referindo aos doces, calcula-se que foram vendidos cerca de 1,05 milhão de unidades neste mesmo período. No início do evento, as expectativas apontadas por Da­niel Centeno, conselheiro gestor da CDL e membro da Comissão Organi­zadora da Feira, eram de pelo menos atingir os números do ano passado. Em 2023, foram registrados 314 mil visitantes, com a comercialização de 1,8 milhão de doces. Faltando pou­cos dias para o encerramento, os expositores apostam no último fim de semana para um impulso final nas vendas.

Visitando os setores de Varie­dades, Doces e Agricultura Fami­liar, observa-se uma unanimidade de opiniões sobre as duas primei­ras semanas de Fenadoce. Os co­merciantes afirmaram ter percebido que o maior fluxo e vendas foi nes­te período, principalmente no setor de doces. “Geralmente segunda e terça é sempre mais calmo, mas as primeiras duas semanas foram me­lhores do que essa semana. Porque, geralmente, a primeira é parada e a última vem com tudo. Mas está muito boa. Não dá pra reclamar”, re­lata Cisseli Venzke, responsável pela banca Monalu.

Raquel Jardim e Eliane Almeida, vendedoras da banca Nina Doces, contam que o ponto alto de vendas na Feira foi no segundo fim de sema­na. Eliane aponta que um dos pro­váveis motivos para a diminuição do movimento ao longo da semana são as férias escolares, já que muitas es­colas acabaram não fazendo excur­sões para o evento. Outro fator tam­bém seria o adiamento dos shows, que trazem bastante público para o Centro de Eventos. “Mas com tudo que a gente viveu, não dá pra dizer que está sendo negativo, não! Do meu ponto de vista, acho que está sendo bem satisfatório”, acrescenta a vendedora.

Outra opinião unânime, desta vez entre as doceiras, são os doces mais procurados. Em todas as bancas, os mais famosos entre os visitantes são, disparadamente, o quindim e o bombom de morango. “Depois o pessoal procura algum outro, tam­bém tradicional. Mas esses dois, nin­guém bate!”, brinca Raquel.

Em todas as bancas, os doces mais famosos entre os visitantes são, disparadamente, o quindim e o bombom de morango. (Foto: Samantha Beduhn/JTR)

No Setor de Variedades, o cená­rio é um pouco mais diverso, mas seguindo o padrão de maior movi­mentação nas primeiras semanas. Segundo Francine Kanapp, vendedo­ra na Schmitt Tricot, o início da Feira estava dentro do esperado. Porém, ela notou uma baixa no fluxo na terceira semana. “Agora, pro final­zinho, deu uma baixada. Mas pode ser também relacionado às pessoas deixar virar o cartão. E eu acho que pro final de semana melhora, por­que já é o último momento e sempre tem aqueles que deixam para últi­ma hora para aproveitar e comprar”, completa. A aposta na banca para aumentar as vendas são as liquida­ções de fim de Feira, que iniciaram no começo desta semana.

Já no estande gerenciado por Eli­sabete Pozzebun, o Hyck Gregorios Couros Serra Gaúcha, a alternativa foi manter os preços mais baixos desde o início do evento. “Fizemos isso para não prejudicar aqueles que compraram antes e não ficarem tristes com aqueles que compraram só no final com desconto”, explica. Com alguns anos de experiência ex­pondo na feira, Elisabete conta que era esperado uma diminuição nas vendas, frente ao cenário do Estado. “Caiu bastante, mas está suprindo as nossas expectativas. Estamos felizes de estar aqui, atendendo o povo que sempre foi fiel a nós”, completa.

Passando para o setor da Agri­cultura Familiar, a movimentação de visitantes é bastante alta. No en­tanto, a perspectiva de Larissa Vahl, vendedora da Cafsul, é um pouco diferente. Essa é a primeira edição da agroindústria na Feira e, apesar do fluxo de pessoas, ela repara que muitos apenas passam pelos estan­des. “Eu acho que vem muita gen­te, mas poucas para comprar, sabe? Tanto do doce quanto da parte da Agricultura Familiar. Eu sinto o pes­soal sem muita vontade de comprar”, declara. Também conta que o maior número de vendas ocorre durante os fins de semana.

Em outra perspectiva, há a Agroindústria Costa Dias, que ex­põe na Fenadoce há quatro edições. A agroindústria de Rio Grande é de propriedade de Rosangela Costa Dias e seu marido. Segundo a co­merciante, as expectativas estão aci­ma do esperado, visto a situação do RS e da região onde mora. “A gen­te já foi buscar mais produtos para armazenar aqui e esperar essa últi­ma semana. E estou adorando, está sendo muito bom, é um recomeço para nós”, ressalta. Rosangela conta que um dos possíveis motivos para esse sucesso é a clientela fidelizada. “As pessoas estão vindo buscar os produtos. Acho que é porque a gen­te também já mostrou o nosso pro­duto, então fica a referência. Aí vem alguém porque o amigo experimen­tou e recomendou. Essa referência está bem forte para nós, de virem em busca do nosso estande”, relata.

Confira abaixo a programação para os últimos dias da 30ª Fenadoce:

2/8 – Sexta-feira

Espaço Gastronomia

15h – Doces Tradicionais. Convidada: Maria Helena Jesk (Doçaria Tradicional);

17h – Pizza Napolitana. Convidado: Presto Per La Via;

19h – Oficina Gastronômica. Convidado: Marcio Avila (Bistrô Pelotense).

Espaço Multiuso

18h – Marketing de Influência. Convidada: Nathalia Fernandes (Agência Orbe);

20h30 – Negócios & Inteligência Artificial. Convidado: Leonardo Massri (UniSenac).

3/8- Sábado

Espaço Gastronomia

15h – Oficina Gastronômica. Convidado: Circulus Lanches;

17h – Pastel de Camarão. Convidado: Jose Luiz (Senac Rio Grande);

19h – Oficina Gastronômica. Convidada: Juliana Noal (Florica Café).

Espaço Multiuso

10h – Aferição de Pressão Arterial. Convidadas: Jéssica Al-Alam e Edna Peck;

18h – Talks 2ª Maratona Sesc Pelotas. Convidado: Eder Botelho (Ass. Esportiva).

4/8 – Domingo

Espaço Gastronomia

15h – Risoto de Limão Cravo e Queijo Serrano. Convidado: Matheus Troglio (Senac Caxias do Sul);

17h – Nhoque com Ragu de Linguiça Toscana. Convidado: Matheus Troglio (Senac Caxias do Sul);

19h – Panacota de Erva-Mate e Calda de Bergamota. Convidado: Matheus Troglio (Senac Caxias do Sul).

Espaço Multiuso

10h – Aferição de Pressão Arterial. Convidadas: Michelle Soares e Criciélen Fernandes;

14h – Memórias Escolares de Estudantes da EJA do Sesc Pelotas. Convidado: Matheus Crochemore (Sesc Pelotas).

Segundo os comerciantes, os pontos altos da Feira têm sido os fins de semana. (Foto: Fabiano S. Carvalho)

Enviar comentário

Envie um comentário!
Digite o seu nome