Rua do Doce é inaugurada em Pelotas

Inauguração ocorreu nesta sexta-feira (1º). (Foto: Daniel Batista)

Pelotas ganhou um local especifico para a comercialização dos tradicionais doces. Dentro das comemorações aos 210 anos do município, celebrado no próximo dia 7, o Centro de Comercialização de Produtos Associados ao Turismo (Rua do Doce), localizado na rua Sete de Setembro, entre o Calçadão Central e a rua General Osório, foi inaugurado nesta sexta-feira (1º).

A construção teve investimento de R$ 368 mil, com R$ 250 mil em emenda parlamentar do deputado federal Afonso Hamm (Progressistas), indicada em 2019, e contrapartida da Prefeitura. O contato com a empresa responsável pela execução, Apague Comércio de Equipamentos de Combate a Incêndios Ltda, foi assinado em junho de 2021 e tinha previsão de conclusão de três meses, mas sofreu atrasos no cronograma. A obra teve acompanhamento técnico da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). O espaço e a infraestrutura são públicos, ocupados por permissionários, e terá gestão da Associação dos Produtores de Doces de Pelotas.

Centro conta com sete espaços para comercialização dos doces. (Foto: Daniel Batista/JTR)

Segundo a presidente da Associação, Simone Bicca, o espaço servirá para aumentar a autoestima das doceiras e têm um potencial turístico. “O sentimento é de gratidão, em primeiro lugar, a tudo e a todos que colaboraram para que chegasse o trabalho até aqui. Daqui para frente, a sensação é de sucesso, porque, com certeza, vai ser um sucesso ”, disse.

O local possui sete espaços para doceiras, um sanitário para o público em geral, adaptado para Portadores de Necessidades Especiais (PNE), área para alimentação e para convivência, assim como dois bancos, quatro floreiras e lixeira seletiva.

Conforme Simone, a divisão dos espaços terá uma banca destinada para a cooperativa e outras seis para a associação. O esquema adotado deve ser em parceria, com duas a três doceiras ocupando cada espaço.  “Acredito que mais juntas, não vai ser como era na outra Rua do Doce, que era uma rotatividade, trabalhava-se em um mês e no outro não”, aponta. Ao todo, 17 associados compõem a Associação.

Doceiras e autoridades participaram da inauguração. (Foto: Daniel Batista/JTR)

A presidente da Cooperativa dos Doceiros de Pelotas, Ligia Maria Henriques, afirma que é uma renovação, considerando que Pelotas já era conhecida como cidade do doce. “E a gente não pode esquecer daqueles entes queridos que fizeram o caminho para nós”, lembra. Ela reforça que o local servirá como cartão de visita, mas destaca que o município já é amplamente famoso pela tradição doceira, reconhecida como patrimônio imaterial brasileiro pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 2018.

Durante a cerimônia, Simone e Ligia receberam, simbolicamente, as chaves das bancas. O local também teve o descerramento de placa alusiva à inauguração. O momento também teve uma homenagem ao ex-vereador Jair Bonow, que faleceu em junho, representada pela esposa Dulce Bonow, proposta por Hamm durante o cerimonial

Ocasião teve descerramento de Placa. (Foto: Daniel Batista/JTR)

No ato, o parlamentar destacou que a destinação desta emenda está entre as mais importantes, tendo em vista a visibilidade à tradição doceira proporcionada pela Rua do Doce. “Realmente, agora, Pelotas tem uma vitrine do doce de forma permanente. A Fenadoce ocorre durante três finais de semana, mas é um período”, destaca o impacto que o local terá na cadeia produtiva do doce, com geração de renda e emprego. Além disso, o parlamentar afirmou que pretende entrar com um projeto de lei para tornar, oficialmente, Pelotas como a Capital Nacional do Doce.

A prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) destacou que a inauguração é um presente para o município, entregando um espaço qualificado. “Esse entorno deste produto que nos representa, que representa essa tradição, que é patrimônio cultural brasileiro. A gente precisava, efetivamente, ter um espaço destinado às doceiras, a altura do que é o doce de Pelotas”.

(Foto: Daniel Batista/JTR)

O secretário de Desenvolvimento, Turismo e Inovação, Gilmar Bazanella, reconhece que a obra passou por dificuldades, mas comemora a conclusão e inauguração, apontando que as doceiras que hoje ocupam a Travessa Ismael Soares serão realocadas no novo espaço. “É um dos pontos mais valiosos de Pelotas, comercialmente, essa esquina. Nós temos uma perspectiva muito grande que os turistas, as pessoas que vêm à Pelotas, se apropriem deste espaço, que a gente consiga vender mais dessa tradição doceira”, projeta, destacando a possibilidade de novos espaços destinados à comercialização dos doces em outros pontos do município.

A criação da Rua do Doce teve origem a partir da Lei nº 6.755/2019 de autoria do vereador José Sizenando (DEM) e recursos com articulação da bancada do Progressistas.

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