Na quarta-feira (13), ex-funcionários da Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D), atual CEEE Grupo Equatorial, realizaram um protesto em frente à unidade de Pelotas, localizada na Praça 20 de Setembro.
“Nós estamos protestando em razão do não pagamento do auxílio-saúde, auxílio-alimentação, auxílio-creche e parte dos nossos salários desde março de 2021 até o período que nós saímos da empresa. A maioria saiu em dezembro de 2021”, explica Maico Bittencourt, um dos ex-funcionários.
Após entrarem na justiça com a finalidade de conseguir a definição de seu acordo coletivo e terem seus direitos confirmados, os trabalhadores afirmam que não obtiveram respaldo da Equatorial Energia. “Nós ganhamos em todas as instâncias, no Rio Grande do Sul, inclusive, no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília. Não tem mais recursos. E mesmo assim, a Equatorial não paga”, afirma.
Outro ex-funcionário, André Goularte, comenta a respeito do manifesto, ocasionado pelo ganho de dissídio coletivo que não está sendo fornecido. “Foi ganho esse dissídio coletivo, desde plano de saúde, desde ticket alimentação, salário atrasado de aumento. Eles ficaram de colocar tudo em dia assim que demitissem todo mundo. Não pagam ninguém”, diz.
A Equatorial Energia venceu o leilão de venda da CEEE-D em março de 2021, e é responsável pela distribuição em 72 municípios das regiões Metropolitana, Sul, Centro-Sul, Campanha, Litoral Norte e Litoral Sul. E conta com cerca de 1,8 milhão de clientes.
Em contato com a reportagem, a empresa afirmou, em nota, que “assumiu efetivamente as operações da CEEE Grupo Equatorial em 14 de julho de 2021, momento em que oito dos 12 sindicatos que representavam/representam as categorias de trabalhadores já haviam ingressado com ações de dissídios coletivos perante a justiça trabalhista do Rio Grande do Sul”. Segundo a empresa, os valores retroativos foram todos quitados.
Além disso, a empresa diz ter buscado os Sindicatos dos Empregados e apresentado proposta de Acordo Coletivo de Trabalho, com o objetivo de encerrar os dissídios coletivos ajuizados. Ainda, a empresa posiciona-se garantindo que “a proposta foi apresentada ao Senergisul (Sindicato dos Eletricitários do RS), que não a levou à apreciação dos empregados em Assembleia, permanecendo a discussão dos respectivos valores em ação judicial”, e confirma que, após ser levada a deliberação, a proposta foi aprovada pelos empregados de seis sindicatos representativos.
“Temos a convicção de que a mesma reflete o equilíbrio entre os interesses de todos(as), com foco em um acordo justo, colocando sempre as pessoas no centro das decisões”, pontuou a empresa.