Durante a tarde de quinta-feira (16), aconteceu na Praça Coronel Pedro Osório, em frente ao Paço Municipal, uma manifestação movida pelo Sindicato dos Municipários de Pelotas (SIMP), reivindicando o compromisso do Executivo no pagamento em dia dos salários.
O ato foi aprovado em assembleia realizada pela categoria na segunda-feira, no auditório externo do Colégio Pelotense. Na mesma data, a Prefeitura anunciou o pagamento dos salários dos servidores que ainda não haviam recebido, cumprindo decisão judicial, com parte das verbas vinculadas de outras áreas e antecipadas do Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).
Até a data, 72% do funcionalismo havia recebido os vencimentos relativos à outubro, pagos no quinto dia útil de novembro. O restante seria quitado até o final deste mês para um grupo e até 20 de dezembro, para outra faixa. Como opção, a administração informou que, o Banrisul iria disponibilizar o empréstimo do salário do total de ativos, inativos e pensionistas com taxa negociada pela Prefeitura de 1,4% ao mês, mais o IOF, oferecendo 95% da remuneração líquida. Somente quando a Prefeitura fizesse o depósito dos salários, seriam pagos os 5% restantes e os juros descontados.
O presidente do SIMP, Tiago Botelho, destacou que a categoria somente recebeu os vencimentos após acionar a justiça. “Hoje o servidor público municipal de Pelotas só está com o salário agora na sua conta em virtude da liminar judicial que o SIMP moveu e que depois também foi corroborada pela turma de desembargadores em Porto Alegre, então, se hoje o servidor público tem seu salário na conta, é somente por determinação judicial”.
A determinação judicial, em questão, foi anunciada pelo presidente do sindicato no dia 1º de novembro, quando foi informado que a entidade ingressaria com medida judicial com antecipação de tutela em caráter liminar para tentar reverter o atraso.
A manifestação de quinta-feira (16) contou com uma kombi de som, bandeiras de protesto e cartazes que foram colados nos muros da prefeitura como notas de repúdio dos servidores.
“A gente quer demarcar este movimento. Chamar a atenção da comunidade e da própria prefeita para que nos coloque como prioridade, pois o servidor público é ele que move a cidade, é ele que presta serviços para comunidade,” relatou ainda o presidente.