Pelotas aplaude mobilização pela Enfermagem

Manifestação seguiu em caminhada pelas ruas da cidade. (Foto: Divulgação)

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Saúde de Pelotas (Sindisaúde) e região, Bianca D´Carla disse, de forma enfática, que se as articulações não avançarem no dia 10 de março a Enfermagem vai parar. Esta é a data limite das entidades para que seja resolvida a situação do custeio para pagamento do piso nacional da Enfermagem, que abrange enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem e parteiras.

A posição foi divulgada durante mobilização na terça-feira (14), Dia Nacional de Luta da Enfermagem pela implantação do Piso Nacional da Enfermagem, aprovado pela Lei 14.434/2022.

“- Orgulho de fazer parte do Sindicato da Saúde de Pelotas”. Esta manifestação foi repetida por diversas vezes, ao longo da mobilização da Enfermagem que tomou conta da cidade, fez parar o trânsito e ganhou apoio da população.

O ato começou em frente ao Mercado Central, onde se reuniram cerca de 100 profissionais da área e apoiadores e se estendeu com forte caminhada em torno da Praça Coronel Pedro Osório até passar pelo Hospital Santa Casa e retornar ao ponto de partida.

A forte chuva que caiu não intimidou os profissionais que gritavam em voz alta pela implantação do piso imediatamente e transformaram a caminhada em um grande Bloco de Carnaval da Saúde.

Bianca lembrou que a Lei foi aprovada, mas agora, depende da mobilização forte de todos para que seja aplicada, de fato, e chegue aos contracheques o mais breve possível. Em todas as articulações que estão sendo feitas em Brasília junto aos deputados federais e senadores, a Federação dos Trabalhadores em Saúde do RS, FEESSES e os sindicatos estão representados pelo Fórum Nacional da Enfermagem, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS).

Durante a caminhada, foi explicado aos pelotenses que a categoria da saúde sempre está na linha de frente no atendimento às famílias, amigos, desconhecidos, autoridades ou não, sempre da mesma forma. A presidente do sindicato também destacou “que durante a pandemia, foram estes profissionais que ficaram dias sem dormir, por falta de pessoal, mas não arredaram pé de continuar na linha de frente, mesmo quando viram seus colegas de trabalho, amigos e familiares morrendo, longe de suas casas e inseguros quanto aos próprios destinos”.

Todo este esforço prosseguiu a presidente falando no carro de som, “recebeu muitos aplausos, mesmo que muitos nem tenham ficado sabendo que alguns dos trabalhadores usaram fraldão porque não podiam parar de atender ou que seguravam a barra da falta de equipamentos, ao levantarem macas com problemas nas rodas ou ainda, de improvisarem equipes para os pacientes, entre outros pontos”. Apesar de ser uma realidade dura e possa parecer que aconteceu apenas durante a pandemia, alertou ela, a rotina da categoria tem sido assim diariamente.

Agora, garante a dirigente sindical, chegou o momento do basta e os profissionais querem mais que aplausos e vão parar as atividades no dia 10 de março, com maior vigor, para que sejam contemplados com o que é um direito assegurado em lei: o pagamento em dia, no mínimo, do piso nacional da Enfermagem.

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