
A prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas (PSDB), se reuniu na quinta-feira (13) com os secretários municipais e a equipe do Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep) para apresentar um projeto para a proteção e drenagem do Laranjal. O sistema tem o objetivo de proteger a orla com a construção de uma barreira de 3.213 metros de extensão e cota máxima de 4 metros, e a criação de um pôlder, ou seja, estrutura hidráulica artificial de drenagem e controle de enchentes. Também serão feitas melhorias nas estruturas já existentes.
O projeto, que foi inscrito no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 4471/2023, orçado em R$ 16 milhões, inclui uma complementação estimada de R$ 10 milhões, e a construção da barreira na orla, no valor de R$ 5 milhões. Além disso, está prevista a urbanização dos diques, que irá proporcionar uma área para recreação e atividades físicas.
“Nós decidimos fazer essa reunião aqui no Laranjal primeiro para dar uma resposta para a comunidade daqui que efetivamente nós estamos juntos. Vamos ficar aqui com nossas equipes até que ele esteja recuperado e as pessoas se sintam bem e possam tirar todos os entulhos das suas casas, ter suas casas limpas com equipes da prefeitura auxiliando” reforçou a prefeita.
Paula detalhou que será feito um canal em concreto armado, seguindo o mesmo trajeto da avenida Espírito Santo. O dique de terra do Valverde deverá ser refeito e readequado à nova realidade de possíveis inundações. Além disso, será construído um novo dique que se estenderá desde a casa de bombas da rua Nova Prata até um trecho da avenida Arthur Augusto Assumpção. O canal da Nova Prata será deslocado para o lado externo deste novo dique.

A nova casa de bombas vai operar junto à atual e deve possuir cota mínima de 4 metros com capacidade de drenar as bacias 1 e 2. Foram propostos dois tipos de barreiras para que os cidadãos de Pelotas possam contribuir com a decisão final. A primeira é a barreira fixa, que consiste na construção de um muro com altura variável para atender às cotas do projeto instaladas no canteiro central da avenida Arthur Augusto Assumpção. Já a barreira móvel é um plano aberto que necessita de maior manutenção e testes, cujo material mais adequado ainda está em análise.
As bacias de amortecimento serão feitas em espaços vazios e visam reduzir vazões máximas. Os possíveis locais já estão sendo analisados e podem ser substituídos por estruturas subterrâneas em locais próximos.
Já o projeto de reconstrução do trapiche do Balneário Valverde, que foi destruído durante as inundações, ainda está em elaboração. Os diques de areia na orla do Laranjal deverão permanecer durante o inverno como forma de prevenção.