
A Câmara Municipal de Pelotas sediou nesta sexta-feira (25) a Plenária Regional do FGTAS/Sine Agência de Desenvolvimento Social (ADS) 5, promovendo debate sobre empregabilidade e inovações realizadas para facilitar a mediação entre empresas e pessoas interessadas em uma vaga no mercado de trabalho. O evento foi acompanhado por coordenadores e representantes municipais.
Na ocasião, o diretor-presidente da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), José Scorsatto falou sobre as mudanças na fundação e o compromisso com as agências.
Scorsatto conta que está na fundação há 120 dias e seu trabalho busca facilitar o acesso ao serviço. “A missão é desburocratizar o serviço da FGTAS. Nós temos uma plataforma que é ligada ao Ministério do Trabalho que ela é muito engessada. Faz de oito a dez anos que não altera, então acaba restringindo o empresário, o comerciante, o varejista que procura a rede FGTAS/Sine”, pontua.
A fim de ampliar o acesso aos serviços oferecidos, a plataforma mencionada pelo presidente chegará trazendo mais agilidade e inovação para os usuários e parceiros. No entanto, antes de entrar em funcionamento será preciso promover testes nas agências. “Feito o teste piloto, o agente aqui da ponta que opera o sistema de fato ele vai nos dizer o que que é bom, o que não foi tão bom e o que piorou porventura, né? Para que nós possamos fazer mais uma readequação com o Ministério do Trabalho, com a Dataprev para tornar um sistema realmente efetivo”, explica.
Os dados a serem cadastrados nessa nova plataforma irão para a Carteira Digital de Trabalho, que tem cerca de quatro milhões de acessos por dia e auxiliarão no diálogo da fundação com trabalhadores e empresários. “O currículo vai poder ser preenchido online, virtual, para quem tem o smartphone, quem tem acesso a internet, mas as pessoas que também não tem, porque que muitas pessoas ainda não possuem, a rede FGTAS/Sine vai estar disponível para essa ação. Mas mesmo o currículo virtual feito, ele se comunica com a rede, na verdade, ele passa por dentro da rede e a gente consegue visualizar se aquele currículo disponibilizado algum empresário chamou para a entrevista – ou quatro, cinco meses, um mês, quinze dias e ninguém o chamou -, aí se busca, dentro das possibilidades de emprego, falar com o empresário”, detalha.
Ele comenta que a expectativa é de que a fase de testes inicie em setembro para garantir a utilização definitiva até o início do próximo ano.
Mas Scorsatto reforça que a implementação da plataforma no estado é apenas uma das ações visadas pela FGTAS. Desde que assumiu o cargo ele salienta a importância de manter o serviço próximo da comunidade, passo que é intermediado por plenárias regionais como a realizada em Pelotas para ressaltar o apoio para os agentes e demais integrantes. “Primeiro conscientizando os coordenadores e as coordenadoras que nós temos trabalhado de forma conjunta com as gestões públicas, com as Câmaras de Vereadores, com as associações comerciais, industriais, com associações de trabalhadores, enfim, com todo o conjunto que procura a empregabilidade nas cidades. Nós temos que ser a ponte, a intermediação, a interlocução entre esses agentes e principalmente por âmbito empresarial, visitar as empresas, visitar as associações, pedir quantas vagas tem, quais são as vagas”, elenca o presidente.
Quanto à atuação em comunidade, ele apontou os feirões de emprego como uma das medidas mais efetivas de levar o serviço da FGTAS/Sine para mais trabalhadores. “E tem dado um resultado muito bom. Em média 40%, 60% das pessoas que frequentam, que vão para o feirão pedir emprego, saem empregadas praticamente no mesmo dia. Então tem dado efeito de mostrar para a sociedade gaúcha que a FGTAS é importante, mas também tem atingido nosso objetivo que é empregar as pessoas e atender o mercado de trabalho”, avalia.
De acordo com a Fundação, o Rio Grande do Sul está tendo bons resultados na área. Apenas no primeiro trimestre de 2023, conforme informações do governo gaúcho, o estado teve saldo positivo com 53.315 postos de trabalho. “Desde 2012 nós temos o menor índice de desempregabilidade, 5,3% aqui no Rio Grande do Sul. A média nacional é 8% e, claro, isso nos orgulha mas nos dá uma responsabilidade imensa. O RS é o segundo estado do país com o maior índice de empregabilidade por carteira assinada, 82,3%, são números positivos que nós temos que reduzir ainda mais. A intenção sempre é zerar”, completa.
Sobre a região Sul, Scorsatto analisa uma forte demanda que impacta no crescimento da área. “A Zona Sul, historicamente, ela demanda, precisa de mais investimentos e as duplicações que estão acontecendo aqui, principalmente nas BRs dão condição para que as empresas possam se aproximar mais dessa região, que possa gerar mais emprego. E em consequência disso a população permanecer aqui nessa região. E nós da FGTAS temos que procurar essas empresas quando chegam pra poder dizer pras pessoas não precisa você sair, aqui tem mão de obra”, finaliza.