Verão, calor, férias, praias lotadas. Para quem prefere um passeio mais tranquilo, junto à natureza e longe da movimentação intensa das praias, o interior de Pelotas está cheio de opções para descanso. A Casa Gruppelli integra o roteiro Pelotas Colonial e é uma opção perfeita para quem busca um “refúgio” com sombra, água fresca, natureza exuberante e uma gastronomia colonial, com produtos fresquinhos.
O empreendimento, localizado na Colônia Municipal, 7º distrito de Pelotas, distante cerca de 55 minutos do Centro da cidade, começou a receber turistas em 1932, conta Joel Stocker, um dos responsáveis pelo empreendimento. O local, que funciona o ano inteiro, com exceção de um pequeno recesso entre o Natal e o Ano Novo, é muito procurado em feriados e finais de semana. Por isso, Stocker recomenda aos interessados em visitar o local para que façam suas reservas antecipadamente.
Durante a semana, o armazém e o restaurante funcionam em horário comercial e segundo Stocker, ambos têm apresentado uma boa procura. “No verão, o maior atrativo é a área verde, com sombras, e o arroio Quilombo, afluente do arroio Pelotas, que corre a 50 metros da casa”. Segundo ele, apesar da estiagem que atinge todo o estado, a colônia de Pelotas está sendo privilegiada com chuvas regulares.
Para aqueles que preferem se hospedar, o local oferece duas cabanas, uma maior para a família e outra para casal, no máximo com uma criança. A hospedagem inclui pensão completa, com direito a café da manhã, almoço, jantar e refeições servidas no salão principal, onde funciona o restaurante. Há também a possibilidade apenas de passar o dia, mas por causa da pandemia, o acesso é controlado pelos proprietários.
Os visitantes podem desfrutar do restaurante ou ainda adquirir produtos coloniais fresquinhos no armazém para levar para casa. Outro atrativo a mais, especialmente para as crianças, é o sítio com criatório de aves (galinhas e exóticas), porco, peru, faisão, coelho, entre outros. “Para isso, preparamos um kit com folhas de couve e cenoura para que os interessados possam alimentar os animais, estimulando o espírito rural”, ressalta.
Recentemente, a Casa lançou um novo produto, o projeto Frühstück, cestas de piquenique destinadas aos viajantes e turistas que buscam uma experiência gastronômica colonial e única, com a contemplação dos espaços em meio à natureza.
As cestas são compostas por produtos artesanais e muito saudáveis, produzidos pela agricultura familiar da Colônia de Pelotas. Além de bebidas como café e suco da estação, integram a cesta o pão colonial, cuca, queijo, salame, linguiça frita, rievalsback (bolinhos de batata), schmier (doce) da estação, manteiga, bolo de mel e bolacha. São oferecidos dois tamanhos: casal, que serve de duas a três pessoas e, família, para quatro a cinco pessoas.
O local existe há mais de 140 anos e está permeado de uma história que pode ser conhecida a partir das fotos que ornamentam o local, assim como por meio de um pequeno museu, que segundo Stocker continua vivo, mas atualmente em pausa. “Temos um contrato de parceria com a UFPel e o curso de Museologia. A curadoria do acervo é feita pelos alunos, que pararam em março de 2019 e, por causa da pandemia, ainda não retornaram”, diz ele, que espera, em breve, abrir o museu novamente ao público.
O acesso mais sinalizado é feito pela BR-392, no quilômetro 102,5 à direita pela Colônia Maciel, com várias placas indicativas para quem não conhece o caminho. Pode ser feito ainda, via RS 737, a Federeca, passando pelo município de Arroio do Padre, mas este percurso ainda é carente de sinalização. Segundo ele, a distância é a mesma. Os interessados em visitar o local podem fazer suas reservas pelas redes sociais ou pelos telefones (53) 3224-5028 e 3224-5094.