Comunidade Quilombola Ramos de Pelotas é certificada pela Fundação Palmares

A boa notícia foi recebida com alegria pelos integrantes da comunidade em uma reunião recentemente realizada. (Foto: Robson Becker Loeck)

Na manhã de terça-feira (25), a Fundação Cultural Palmares (FCP) concedeu a certidão de autodefinição para a comunidade quilombola Ramos, localizada na Colônia Cerrito Alegre, interior de Pelotas. A boa notícia foi recebida com alegria pelos integrantes da comunidade em uma reunião recentemente realizada.

Conforme o extensionista e sociólogo da Emater/RS-Ascar de Pelotas, Robson Loeck, a certificação era um desejo antigo da comunidade. “Encerrou-se um ciclo e agora inicia-se outro”, celebra Loeck. As tratativas iniciais para a certificação, interrompidas pela pandemia de Covid-19, foram retomadas em 2023. Durante este ano, foram realizadas entrevistas com as famílias da localidade, organizada a documentação necessária e cumpridos os ritos exigidos pela FCP.

Com a conclusão do processo, as famílias quilombolas da Colônia Ramos estão habilitadas a acessar políticas públicas específicas. Entre essas políticas, destacam-se as iniciativas que permitem a qualificação em saúde no território e o acesso ao processo seletivo especial para ingresso na Universidade Federal de Pelotas. Essas medidas são fundamentais para a melhoria da qualidade de vida e promoção da igualdade de oportunidades para a comunidade.

Robson Loeck também ressaltou a importância da participação ativa da comunidade Ramos no Comitê Gestor Quilombola de Pelotas. Este comitê inclui outras comunidades certificadas, como Algodão, Alto do Caixão, Cerrito Alegre e Vó Elvira. “A participação efetiva no comitê possibilitará maior aproximação junto ao poder público e fortalecerá a articulação com os demais quilombos certificados”, conclui Loeck.

“A conquista da certidão de autodefinição pela comunidade Ramos representa um reconhecimento importante de sua identidade e herança cultural, abrindo novas oportunidades para o desenvolvimento socioeconômico e a defesa de seus direitos. Este é um passo significativo na luta pela igualdade e justiça para as comunidades quilombolas do Brasil”, avalia Loeck..

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