Candidatos apontam irregularidades no processo seletivo para conselheiro tutelar em Pelotas

A Casa dos Conselhos. (Foto: Arquivo/Ascom)

Parte dos candidatos do processo seletivo realizado para preencher 30 vagas para conselheiros tutelares titulares e 30 suplentes para o quadriênio de 2024/2027 em Pelotas apontam irregularidades.

Segundo Luiza Rodrigues, uma das participantes, diversos candidatos relatam que foram encontradas inconsistências em prazos, aplicação da prova até as questões em si. Ela indicou, inicialmente, que o processo foi marcado por atrasos e alterações nos períodos de inscrição e homologação dos candidatos, assim como para interposição de recursos.
Um grupo chegou a se unir procurando por um professor de Língua Portuguesa e especialista em concursos. O profissional analisou as questões contestadas, apontando inconsistências e recomendando que fossem anuladas.

Outra candidata, que preferiu não ser identificada, citou um excesso de exigências de capacitação para os possíveis inscritos no processo, o que, segundo ela, gera menos interesse em participação. “Isso acaba criando o transtorno de não ter suplentes o suficiente”, pontuou. “A gente está na expectativa de que seja feita alguma reavaliação”, completou.

Conforme Maiquel Fouchy, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica), a prova é aplicada por uma empresa contratada para o processo, tendo sido uma das causas das alterações no cronograma. “Mudança nos prazos ocorreu em dois momentos importantes: escolha da banca para prova e avaliação da banca psicossocial. Considerando que o processo é nacional, a prefeitura atrasou na escolha da empresa pois, o prazo era pequeno e as empresas não davam retorno e as que davam não podiam ou não tinham interesse. Esse problema levou à necessidade de prorrogação”, detalha.

Quanto às questões, o presidente afirma que a empresa também ficou responsável pela avaliação dos recursos. “A empresa recebeu, avaliou e retornou os questionamentos que entenderam ser pertinentes, pois, nem todas as questões que citaram no recurso foram aprovadas”, aponta.

Por fim, Fouchy garante que o conselho está tranquilo quanto às denúncias de possíveis irregularidades uma vez que o processo “está em acordo com a Lei aprovada pela Câmara de Vereadores de Pelotas e demais complementares”.

Ele também afirmou que o Conselho está à disposição para dúvidas através do email [email protected]

O próximo passo do certame seguirá para a avaliação psicossocial. Em seguida, haverá início das orientações para a propaganda eleitoral, confirmação dos 30 pontos de votação e formação dos 180 voluntários que atuarão no dia da eleição. Dos 102 inscritos no processo seletivo, 59 garantiram a aprovação, sendo que seis pessoas não comparecerem ao dia da prova, que contou com 40 questões divididas entre a Lei de proteção integral à criança e ao adolescente e conhecimentos gerais.

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