Aapecan Pelotas: Acolhimento é fundamental para restaurar a saúde

A cabeleireira Renata Rochele de Figueiredo, de 44 anos, moradora de Lavras do Sul e o marido Jonatas Rosa de Souza, de 40 anos, contam com os serviços oferecidos pela associação. (Foto: Michel Burket)

Acolhimento. Ato ou efeito de acolher, oferecer abrigo, hospitalidade. Este é o sentimento da cabeleireira Renata Rochele de Figueiredo, de 44 anos, moradora de Lavras do Sul, e que desde o mês de outubro descobriu na Casa de Apoio da Associação de Apoio às Pessoas com Câncer (Aapecan) Pelotas, o seu segundo lar. Ela, como paciente, e o marido, Jonatas Rosa de Souza, de 40 anos, como acompanhante, passam a semana em Pelotas para as seções de radioterapia a que ela precisa ser submetida após tratamento e cirurgia para conter o crescimento de nódulos na mama esquerda.

Renata conta que tudo aconteceu muito de repente. Em outubro de 2020, sentiu uma dor súbita na mama e, a partir daí, sua vida se transformou e a dor nunca mais lhe deixou. O diagnóstico veio através de uma mamografia, com a descoberta de nódulos na mama e na axila. Uma ressonância acusou um comprometimento ainda maior, pois além da mama e da axila, foi descoberto também um nódulo no músculo entre as mamas.

Para impedir que a doença se espalhasse, ela conta que foi submetida a 21 seções de quimioterapia e posterior cirurgia, com a retirada de 21 linfonodos, sete metastáticos. Agora, ela se submete a seções de radioterapia, com a última marcada para o final do mês de dezembro.

Casada há 12 anos com Souza, este não é o primeiro percalço que o casal precisou enfrentar. Numa viagem entre Bagé e sua cidade, sofreram um acidente que os deixou acamados por um período. Com uma perna quebrada, ela se recuperou rapidamente, mas ele ainda lida com as sequelas do acidente, pois precisa do auxílio de muletas para se locomover e aguarda o término do tratamento da esposa para se submeter a uma cirurgia no joelho esquerdo.

Apesar de tudo isso, Renata é uma mulher alegre, otimista e que acredita em Deus. Para ela, tudo isso vai passar tão rápido quanto veio. Além disso, ela espera curtir muito a vida ao lado do marido, do filho de 28 anos e de um casal de netos. “Acredito muito em Deus, tenho muita fé e desde o começo tive a certeza da cura, pois entreguei nas mãos Dele”, diz.

Ela conta que desde o momento em que soube que iria precisar das radios, e como não tinha condições financeiras de se manter no município, foi encaminhada para a Aapecan Pelotas. “Desde a primeira ligação tu já sente o acolhimento e, na chegada, tu é recebido como um parente. É mais do que um hotel cinco estrelas”, afirma. No local, além de hospedagem e alimentação, ela se submete a seções de fisioterapia, feitas através de chamadas de vídeo e que lhe possibilitou retomar o movimento do braço esquerdo.
Segundo ela, o processo é a pior parte, pois o caminho, que trilha com a certeza de que vai dar tudo certo, é longo. “O que me move é a certeza de que Deus já tomou conta”, assegura.

A Casa de Apoio da Aapecan Pelotas iniciou suas atividades em outubro de 2005 e foi a primeira da Associação no Estado. A sua capacidade é para 22 pessoas, sendo um usuário e um acompanhante. Além da alimentação (café da manhã, almoço café da tarde e janta) a casa oferece estrutura de banheiro e a sala de convivência com TV, jogos e revistas. De acordo com o Departamento Social da entidade, somente neste ano, 91 usuários, em média utilizaram este benefício, tudo a custo zero.

O período de ocupação varia de acordo com a duração do tratamento, que muda entre os pacientes. A casa funciona

Enviar comentário

Envie um comentário!
Digite o seu nome