Campus aberto do IFSul Pelotas promove dia de atividades para crianças e adolescentes

Atividade de extensão foi promovida pelo curso de Engenharia Elétrica em parceria com o Grupo Escoteiro Itapuã. (Foto: Álvaro Guimarães/JTR)

Um dia para aproximar o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul) de crianças e adolescentes da região. Esse foi o objetivo do sábado (7) de campus aberto promovido pelo curso de Engenharia Elétrica em parceria com o Grupo Escoteiro Itapuã, ligado ao IFSul. Ao longo do dia, aproximadamente 200 alunos de escolas públicas de Pelotas e integrantes de grupos de escoteiros do município e de Rio Grande puderam visitar o campus e participar de uma série de oficinas e atividades educativas através das quais puderam conhecer mais sobre o ensino tecnológico e os cursos oferecidos no IFSul.

Durante as visitas, os estudantes participaram de oficinas de esportes, como o punhobol, de robótica, de jogos plugados e atividades lúdicas e inclusivas como, por exemplo, uma palestra e uma prática de lançamento de foguetes e um jogo de queimada (caçador) com olhos vendados, com o objetivo de entender mais sobre a acessibilidade para pessoas cegas e a importância de se combater o capacitismo.

A programação do sábado envolveu, também, professores e alunos de vários cursos e projetos de extensão do IFSul, que recepcionaram os visitantes, conduziram as visitas guiadas e ministraram oficinas e palestras.

“Todo o curso deve ter parte de sua carga horária destinada à extensão e isso significa possibilitar a integração da comunidade escolar com a comunidade externa. Dessa necessidade e dentro da disciplina de Projetos de Extensão 1, do curso de Engenharia Elétrica, surgiu a ideia de oportunizar para crianças e adolescentes essas atividades que, geralmente, elas não têm acesso no dia a dia”, explicou o professor Gabriel Luche, do curso de Engenharia Elétrica.

Além de aproximar estudantes das séries finais do Ensino Fundamental do IFSul e, consequentemente, despertar neles o interesse em estudar na escola, o campus aberto também serviu para aproximar a criançada de um dos projetos de extensão mais tradicionais da instituição: o Grupo Escoteiro Itapuã, que completa 40 anos.

O campus aberto também serviu para aproximar a criançada de um dos projetos de extensão mais tradicionais da instituição: o Grupo Escoteiro Itapuã, que completa 40 anos. (Foto: Álvaro Guimarães/JTR)

“A gente misturou os nossos escoteiros do campus junto com os alunos e com essas crianças que participaram das visitas para que eles possam ver que, mesmo sem ter idade de estudar no IFSul, podem fazer parte da nossa comunidade através dos escoteiros. E a maioria dos nossos integrantes acaba virando aluno da escola depois. Além disso, o benefício de que, quando alguém entra para o IFSul, passa a considerá-lo aluno, então ele tem acesso a serviços e atendimentos especializados como psicopedagogia e apoio escolar”, comentou Ricardo Sainz, coordenador do Grupo Itapuã e professor dos cursos de Ciências Ambientais.

Por meio da integração do Grupo Itapuã ao dia de campus aberto, os grupos de escoteiros Riachuelo e Ipiranga de Rio Grande também participaram levando suas tropas para as atividades.

Um dia de experiências únicas

Vendada com uma máscara de dormir, Andressa Tomé Farias, de 13 anos, tentava desviar da bola com guizo lançada em sua direção durante a partida de queimada (caçador), organizada pela professora Ângela Duarte, da Associação Escola Louis Braille.

O objetivo da atividade foi dar oportunidade aos adolescentes de entender a importância de serem inclusivos. “Muitas vezes, as pessoas com deficiência são deixadas de lado para algumas atividades por conta que algumas pessoas não sabem como fazer e, hoje, nesse espaço, a gente tenta mostrar que é possível e que todos podem crescer juntos”, diz a professora.

Para a estudante e integrante do Grupo Escoteiro Riachuelo, a experiência foi exemplar. “Foi muito legal me colocar no lugar de uma pessoa sem visão e pude entender que, apesar de ser difícil, isso não impede as pessoas cegas de fazer muitas coisas, como por exemplo, jogar esse jogo”, disse.

Nas salas de aula, as lições tiradas pela criançada também foram muitas, como confirmou a pequena Maria Luísa Gonçalves, de 10 anos, também integrante do Grupo Riachuelo, que se divertiu com os jogos plugados e a aula de foguetes. “A gente está tendo várias aprendizagens diferentes hoje. Aprendemos sobre os foguetes, sobre quantos quilômetros eles podem ir, sobre o tamanho da atmosfera, muitas coisas legais. Está sendo muito legal”, disse.

A partir do sucesso da iniciativa junto à comunidade externa e interna, os professores organizadores planejam repeti-la semestralmente.

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Créditos: Álvaro Guimarães/JTR

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