Pelotas tem saldo negativo de 2.919 empregos, aponta Caged

Foto: Reprodução/Internet

Mulheres entre 30 e 39 anos, com ensino médio completo, formam o perfil majoritário de quem perdeu o emprego em Pelotas devido a crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus. Das 2.919 vagas encerradas, 1.648 postos eram ocupados por mulheres, demonstra dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referente ao período de janeiro a maio de 2020.

Praticamente todos setores da economia apresentaram índices negativos no município, com destaque para serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados (menos 1374 vagas), seguido por serviços administrativos (menos 449 vagas). Apesar do cenário ruim, apresentaram acréscimo de 430 vagas a área de produtos de bens e serviços industriais. No período foram contratados 7.865 pessoas e desligadas 10.784.

Na avaliação do coordenador do Escritório de Desenvolvimento Regional da Universidade Católica de Pelotas (EDR/UCPel), economista Ezequiel Megiato, os números demonstram que a crise no desemprego atinge a todos. “Por isso, será necessário ações enérgicas dos governos locais, estaduais e federal para reversão dessa tendência negativa”, diz.
Outro fator destacado por Megiato é o perfil de quem mais perdeu o emprego no período de pandemia. “O desemprego se deu fortemente em cima daquele percentual que é o majoritário na força de trabalho, pessoas com ensino médio e com idades entre 24 a 39 anos”, avalia.

Em Rio Grande, o cenário foi um pouco menos negativo. Foram fechadas 1.238 vagas no período, e o perfil predominante dos demitidos segue o mesmo de Pelotas: pessoas entre 30 e 39 anos, com ensino médio completo. Tanto em Pelotas quanto em Rio Grande, a segunda faixa etária que mais sofreu com demissões são profissionais entre 50 e 64 anos.
Já no Rio Grande do Sul, são menos 86.560 vagas no período de janeiro a maio. Perderam o emprego 45.351 homens e 41.209 mulheres. Os profissionais mais afetados também possuem entre 30 e 39 anos e têm ensino médio completo. As áreas que apresentaram maior retração foram serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados, e produtos de bens e serviços industriais.

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