Há 62 anos, escola de balé desenvolve o ensino da dança em Pelotas

Escola atua há 62 anos na formação de profissionais e divulgação da cultura. (Foto: Divulgação)

Fundada pela renomada bailarina Dicléa Ferreira de Souza, em 1960, a escola de balé que leva seu nome continua formando profissionais da área e fomentando a cultura. Após dois anos de pandemia, a instituição se prepara para o retorno oficial aos palcos. No dia 9 de junho, às 20h, no Teatro Sicredi, haverá a apresentação intitulada “Mostra de Dança 2022” em comemoração aos 50 anos do Grupo Ballet de Pelotas, ligado à escola, onde serão apresentados trechos de diversas montagens do grupo e da escola.

Mesmo antes de sua volta oficial, a Escola de Ballet Dicléa Ferreira de Souza já estava produzindo e expondo suas obras. “Durante o período da pandemia, procuramos nos manter em atividade, nos adaptando e nos reinventando. Demos aulas online, desenvolvemos atividades remotas e produzimos algumas obras audiovisuais para serem assistidas nas redes sociais.

Além disso, tivemos a exibição de duas videodanças que produzimos no cinema do Shopping Pelotas, após o retorno das atividades presenciais”, explica o professor e bailarino Victor Medrona. Outro exemplo nesse sentido foi a participação na mostra cultural da 28ª Fenadoce, onde apresentaram um programa com diversas coreografias de seu acervo.

Além disso, o 18º Dança Bagé, realizado entre os dias 15 e 19 de junho, também recebeu a escola, que obteve três premiações de 1º lugar, baseadas em coreografias desenvolvidas pela instituição. A relevante atuação, de acordo com Medrona, se deve ao fato de que “Dicléa até hoje é reconhecida como pioneira da dança na região em função de suas montagens, sempre muito exigente com os bailarinos, assim como com toda a equipe envolvida, com muito respeito e fidelidade às obras de repertório que são remontadas”, afirma ele.

Histórico
Ao longo dos anos de atuação, a escola desempenhou um papel fundamental no ensino do estilo de dança no município e região. Sua trajetória iniciou-se com a oferta de cursos regulares de formação em balé clássico, atividade que formou centenas de bailarinos que, após, aplicaram os aprendizados adquiridos, optando por diferentes modalidades, como bailarinos profissionais, professores, pesquisadores ou coreógrafos.

Ainda, no que refere à sua história, remontou várias obras, o que inclui Giselle, O Lago dos Cisnes, Dom Quixote, O Quebra-Nozes etc. Aspecto notório do período em que começou suas atividades é o contexto, pois, segundo Medrona, vivenciava “um período em que uma das poucas oportunidades do público local de ter acesso a estas obras era através desses espetáculos, em um contexto em que a internet não existia”, lembra. A escola já possuiu filiais nas cidades de Rio Grande e São Lourenço do Sul.

Atualmente, detém obras de repertório próprio, produzidas por membros formados na escola e artistas convidados. Além do curso regular de ballet clássico, também possui aulas de baby class, ballet adulto, jazz, dança de salão e danças urbanas.

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