O Clube Cultural foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Rio Grande do Sul em 2013
A primeira sessão solene da Câmara Municipal de Vereadores, gestão 2021/2024, aconteceu nesta quarta-feira (27). Com proposição de Paulo Coitinho (Cidadania), o Clube Cultural Fica Ahí Pra Ir Dizendo recebeu homenagem e uma placa comemorativa pela passagem dos seus 100 anos de fundação.
O clube começou sua trajetória como cordão carnavalesco, nas cores branco e azul, em 27 de janeiro de 1921, e em 1953 teve alteração no nome de Clube Carnavalesco para Clube Cultural. Com isso, a entidade conseguiu desenvolver projeto educacional, sediando a Escola Dr. Francisco Simões e nos anos 60 foi sede provisória da Escola Academia do Samba.
“Nossa homenagem representa todo o reconhecimento pelo trabalho cultural desenvolvido pelo Clube. Além da diversão, também a necessidade de união para não sucumbir perante a discriminação”, disse o proponente. Coitinho lembrou personalidades negras pelotenses como Giba-Giba, Giâmare, Mister Pelé, Mestre Griô Sirley Amaro, professor, poeta e filósofo Michel Delmar Dias, Mestre Batista, Rubinei Machado e Ademar Ornel.
A presidente da entidade, Teresa Joaquina Gomes Costa, falou sobre a história de luta do clube, as crenças e o desejo de voltar as atividades normais assim que a pandemia do Covid-19 passar.
Em um discurso emocionado, Daniel Amaro, representante do Grupo Amigos do Clube Fica Ahí, falou sobre a história do negro em Pelotas, tudo já conquistado e do muito que ainda precisa ser feito.
Representando o executivo, o secretário de cultura, Pedro Pedroso, participou da solenidade e salientou a importância do Fica Ahí para a cultura da nossa cidade. “Parabéns aos vereadores pela iniciativa, a entidade faz parte da história cultural da nossa cidade e merece a homenagem”, disse. Em seu pronunciamento, o secretário leu uma carta enviada pela prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) parabenizando o centenário da entidade.
A solenidade contou com a apresentação fragmentada ao vivo do espetáculo A Dança dos Orixás, com a bailarina Ludmila Coutinho, percursionistas Wesley Vieira e Iuri Vieira, com direção de Daniel Amaro.
O Clube Cultural foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Rio Grande do Sul em 06 de dezembro de 2013.