Durante a 28ª Feira Nacional do Doce (Fenadoce), em meio a tantas atrações e exibições, as baronesas representam a feira e carregam, também, a história do evento e da tradição doceira de Pelotas e região.
O trio é formado pelas pelotenses Elana Avila da Silva, de 24 anos; Taila Freitas Xavier, de 25 anos; e Julia Eisenhardt de Mello, de 28 anos, natural de Dom Pedrito que desde o dia 3 de junho, encantam os visitantes em meio aos pavilhões da feira. Elas participaram do concurso para escolha da Corte em 2019, e precisaram aguardar até este ano para o evento, devido à pandemia de Covid-19.
Quem vê as três representantes sorrindo e desempenhando seu papel nos corredores da feira, talvez não imagine quais caminhos foram percorridos até o presente momento – as motivações e sentimentos que dão vida a corte da Fenadoce 2022.
Cada uma das integrantes detém vivências que as constituem baronesas. No que se referem às motivações para participar, as razões variam, desde o encanto pela presença da corte, o que inclui a roupa, postura e sorriso, abrangendo também a participação constante em eventos de beleza e o sonho de representar a cidade.
No caso de Julia, as características e particularidades da Fenadoce motivaram sua candidatura para integrar a corte. “Vi que não era um concurso de beleza, e sim, um concurso rico em detalhes, que contava muito mais do que apenas a beleza, mas principalmente o conhecimento. E foi nesse momento que me motivei a participar e querer fazer parte da corte da 28ª Fenadoce”, declara.
Além disso, a Fenadoce proporcionou a Taila a realização de um sonho que abrange representatividade. Ela afirma que ocupar um lugar de potência, promove o incentivo para outras mulheres negras. “Eu, como mulher negra, sinto que tenho um grande papel de representatividade, não só no que se refere às mulheres negras pelotenses, mas, sobretudo, honrar minha ancestralidade, que fez parte da construção e evolução de Pelotas”, salienta.
Sentimentos como gratidão, felicidade, empolgação e ansiedade movem as baronesas, que representam Pelotas em um dos maiores eventos culturais do Rio Grande do Sul. Para elas, a importância da corte para a Fenadoce 2022 engloba vários fatores. Dentre eles, a força e a resistência da mulher e a importância histórica e cultural do município.
Para Elana, a nova configuração da corte já evidencia sua relevância para a Fenadoce. “Nesse ano, o formato da corte não será mais representado por uma rainha e duas princesas, mas sim por três baronesas, sem hierarquia ou distinção. Isso remonta à importância histórica e cultural de Pelotas, que contava com um baronato. Nesse sentido, levanta-se a questão de quão rica historicamente a cidade é, mas representando também as doceiras da cidade. Acredito que a corte carregue esse simbolismo consigo, além de muito conhecimento e socialização, que facilita o verdadeiro show que a feira traz”, afirma.
Julia reforça, e também aponta a representatividade como um fator central. “Representamos a força da mulher e das doceiras, que desde o passado até os dias de hoje, desenvolvem as deliciosas receitas dos doces e cultivam esse patrimônio imaterial do Brasil. Este ano, como baronesas, nos tornamos ainda mais importantes para a feira, pois trazemos todo o aporte histórico e cultural que a cidade de Pelotas preserva e cultiva ao longo dos anos”, disse a pedritense, que ainda afirma que a corte representa todas as pessoas que fizeram e fazem o evento acontecer.
Conheça mais sobre as Baronesas
Elana Ávila da Silva
Tem 24 anos, natural de Pelotas, estudante do curso de Administração da Universidade Federal de Pelotas.
Julia Eisenhardt de Mello
Tem 28 anos, natural de Dom Pedrito, doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Bioquímica e Biprospecção na Universidade Federal de Pelotas.
Taila Freitas Xavier
Tem 25 anos, natural de Pelotas, nutricionista formada pela Universidade Federal de Pelotas.
