30ª Fenadoce relembra sua história e busca bater recorde de comercialização

Nos seis primeiros dias, o evento registrou 85 mil visitantes e 601 mil unidades de doces vendidos. (Foto: Alair Junior)

Conhecida por suas delícias, a Fenadoce, pela primeira vez, tem sua casa –
Pelotas – reconhecida oficialmente como a Capital Nacional do Doce, título estabelecido pela Lei Federal nº 14.867/2024 em maio deste ano e que colabora para uma imersão em boas memórias. Neste ano, a Feira acontece de 17 de julho a 4 agosto, com o intuito de resgatar aspectos que reconstroem o que o Rio Grande do Sul tem de mais bonito, após as enchentes que severamente atingiram o Estado durante o mês de maio.

A partir de uma extensa cultura doceira que não apenas proporcionou ao município o reconhecimento de Capital Nacional do Doce, mas também deu origem ao Dia Nacional da Doceira, com a finalidade de valorizar a cultura de doces, que não apenas faz parte do Estado, como estende-se a todo Brasil, em sua 30ª edição, a Fenadoce surge como um legado para consagração histórica da Zona Sul e também de Pelotas.

Estampando o tema “É tempo de reconstruir”, a Feira deste ano conta com um memorial especial, que relembra as 30 edições, marcando a história de um evento que move massas que encontram umas às outras em tempo de descanso e lazer entre amigos, famílias e também desconhecidos e que, após um conturbado período, entrega à comunidade motivos para que ainda se enxergue a doçura escondida na vida, somando para a construção de novas lembranças.

“A expectativa que nós temos é de superar as marcas do ano passado de visitantes e de doces, apesar de a gente saber que é um número difícil de atingir e de superar, mesmo porque teve todo esse episódio das enchentes, então a gente tá trabalhando para que se repita pelo menos os mesmos números do ano passado”, destaca Daniel Centeno, conselheiro gestor da Câmara de Dirigentes Lojistas de Pelotas (CDL) e membro da Comissão Organizadora da Feira.

No ano anterior, a Fenadoce recebeu cerca de 314 mil visitantes e comercializou 1,8 milhão de doces durante seu período de atividade. Em um comparativo a este ano, nos seis primeiros dias, o evento registrou 85 mil visitantes e 601 mil unidades de doces vendidos, o que representou, conforme os dados, um aumento de 5% em relação aos mesmos dias em 2023.

“A gente entendeu que a Fenadoce era uma parte fundamental do recomeço para poder gerar movimento na economia, principalmente a nossa economia aqui do Sul”, relatou Centeno.

Conforme o conselheiro, há cerca de 1.500 pessoas que trabalham diretamente na montagem da Feira, e a continuidade da 30ª edição para que acontecesse ainda em 2024 se deu principalmente em razão da percepção de que essas pessoas não poderiam ficar desassistidas. “Nós tínhamos um compromisso muito grande para fazer ela acontecer este ano”, conta.

Enfatizando o trabalho em conjunto de todas as mãos que trabalharam para que a Feira aconteça, Centeno destaca que o evento é uma apresentação da Princesa do Sul e municípios da região para todos os Estados e países fronteiriços que marcam presença no evento, destacando as riquezas da história e a variedade cultural do Rio Grande do Sul.

Daniel Centeno, conselheiro gestor da Câmara de Dirigentes Lojistas de Pelotas (CDL) e membro da Comissão Organizadora da Feira. (Foto: Rafael Takaki)

“A gente está contando a história das 30 edições, a gente pensou nessa Feira durante a Feira do ano passado. Enquanto ela estava acontecendo, a gente já estava pensando nessa”, revela o conselheiro.

Em sua diversidade de atrações, inclui-se com destaque especial a Feira da Agricultura Familiar, grande atrativo aos visitantes da Fenadoce, e que é também uma realização do governo do Estado do Rio Grande do Sul, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com o apoio da Emater/RS, Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS) e Sindicato dos Trabalhadores Rurais do RS, contando, nesta edição com 73 expositores de 39 municípios gaúchos que fazem parte do Programa Estadual de Agroindústria Familiar (PEAF), que levam ao público produtos da agricultura familiar como queijos, compotas, doces, vinhos, sucos naturais, artesanato, plantas e até mesmo carnes, auxiliando, assim, na recuperação destas produções.

“A Agricultura Familiar, no ano passado, teve um recorde de vendas. Eles tiveram 40% a mais de crescimento no ano passado”, destaca Centeno, reafirmando ainda o compromisso da Feira em auxiliar na reconstrução do Rio Grande do Sul e das agroindústrias e produtores que tiveram seus trabalhos afetados.

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