Comerciantes de Pedro Osório fizeram na tarde de segunda-feira (8) um ato reivindicando a reabertura do comércio com a flexibilização das regras do Plano do Governo do Estado na cidade, que está em bandeira preta, a qual só permite o funcionamento de serviços essenciais. Uma carreata de aproximadamente 50 carros saiu do bairro Santa Tereza, na entrada da cidade, e percorreu as principais ruas. Atualmente, 43 comércios estão fechados no município.
A iniciativa foi da Associação Comercial e Industrial (ACIPO), com objetivo de sensibilizar o governador para retornar a cogestão aos municípios, em decorrência da insatisfação dos comerciantes com as medidas adotadas pelo governo estadual que classificou o que é essencial e não essencial.
O presidente da ACIPO, Danúbio Martins, relatou que os municípios de Cerrito e Pedro Osório são pequenos, diferentemente das metrópoles, e que teriam capacidade de exercer a autonomia ao controlar o fluxo do comércio para que ninguém saísse prejudicado, respeitando todas as medidas sanitárias necessárias.
Uma das comerciantes presentes era Juliana Berwaldt, que pontuou a sua insatisfação pelo fato de vender em sua loja produtos que também podem ser encontrados nas farmácias, mas que por se tratar de uma loja de cosméticos, não pode manter o seu varejo aberto, possibilitando um grande prejuízo por contada do vencimento dos produtos.

Juliana sugere uma reformulação do decreto e flexibilização para os municípios pequenos.
O governador se manifestou publicamente na última sexta-feira (5) relatando que serão feitos ajustes em alguns protocolos da bandeira preta. Todas as regiões foram mantidas no nível máximo do Distanciamento Controlado e a cogestão regional segue suspensa por, pelo menos, mais duas semanas (até 21 de março). A suspensão geral de atividades das 20h às 5h permanece válida até 31 de março.
Segundo informações da organização da carreata em Pedro Osório, caso não obtenham sucesso nas reivindicações, o próximo passo será uma ação judicial conjunta das ACIs da região para restabelecer o direito constitucional de trabalho e reparo financeiro pelos dias que foram impossibilitados de trabalhar.