Perseverança e apoio contribuem na criação de leitaria em Morro Redondo

Viviane Weirich de Lima e o marido André Renato Dummer Hardtke possuem 20 vacas em ordenha, produzindo 8,5 mil litros de leite por mês. (Foto: Catarine Thiel/JTR)

Ter uma leitaria sempre foi o sonho de Viviane Weirich de Lima, mas seus pais destinavam a propriedade para a cultura do tabaco. Quando se casou com André Renato Dummer Hardtke, se mudou para a propriedade do marido, e como o sogro já tinha algumas vacas ali, viu a oportunidade de realizar o seu sonho.

Ela começou há cerca de seis anos, com apenas três vacas, sendo uma comprada do sogro. Logo no início, o marido não a apoiou, mas mesmo assim ela seguiu seus objetivos, e foi criando terneiras para aumentar o plantel. Aos poucos, a produção foi crescendo, e ela ganhou o apoio de Hardtke. Atualmente, a propriedade, localizada em Morro Redondo, possui 20 vacas em ordenha, produzindo 8,5 mil litros de leite por mês. Viviane conta que a Coopar/Pomerano foi imprescindível na realização do seu sonho.

Quando a cooperativa começou a carregar o leite da região, ela viu uma oportunidade de escoar a produção, e assim investir cada vez mais na propriedade. Antes, com insegurança para onde vender o seu produto, ela limitava os investimentos. E assim como a presença da cooperativa foi crescendo no município, a propriedade também foi. Ela ressalta o trabalho da assistência técnica para ampliar a produção, com a indicação e ajuda em todos os momentos, e o conhecimento que é levado à propriedade.

Entre os objetivos está o investimento em infraestrutura das instalações e na utilização do esterco das vacas como adubo, além do aumento na produção para 10 mil litros por mês. (Foto: Catarine Thiel/JTR)

O técnico que atende o local, Richard Timm, ressalta a qualidade do leite e os cuidados que os produtores tomam, com níveis de Contagem de Células Somáticas (CCS) e a Contagem Bacteriana Total (CBT) sempre ideais. A família afirma que são tomados todos os cuidados com a higienização e com os animais para manter a sanidade.

E assim como na maioria das propriedades, a principal dificuldade que enfrentam são as estradas. Eles afirmam que se solidarizam com os transportadores, que precisam enfrentar todos os dias buracos, valas e, em dias de chuva, muito barro. Viviane conta que muitas vezes é preciso ajudar o caminhão com trator devido às condições da estrada.

Piqueteamento
Um dos mais recentes investimentos da propriedade é o pastejo rotacionado, que consiste em dividir a pastagem em módulos, chamados de piquetes, que são demarcados com palanques e cerca elétrica. O gado é solto para pastar apenas nos locais definidos, com a quantidade de pasto suficiente para cada refeição, ou seja, com a divisão feita pelos piquetes, os animais não circulam para todo lado, evitando assim, o desperdício. Os produtores contam que é um processo que exige muito trabalho, mas o resultado é satisfatório. Assim, a pastagem é melhor aproveitada. Viviane conta que quando não usavam assim, as vacas pisoteavam mais do que comiam.

No momento, os planos da família são aumentar e investir cada vez mais no leite. Entre os objetivos está alcançar os 10 mil litros por mês, melhorar a infraestrutura das instalações, e usar o esterco das vacas como adubo. E a sucessão da propriedade já está sendo pensada. O filho do casal, João Miguel, de 10 anos, ajuda a cuidar das terneiras, e já sabe que quer continuar o trabalho dos pais.

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