
Agroindústria, pêssego, reservação de água, solos, turismo rural, abastecimento, acesso às políticas públicas, milho, morango e olericultura são as 10 atividades prioritárias para o trabalho da extensão rural em Morro Redondo durante o ano de 2024. “Mas nosso trabalho não se limita a isso”, ressalta o chefe do escritório municipal da Emater local, o engenheiro agrônomo Evaldo Voss.
Presente no município desde a emancipação, a Emater é a referência aos produtores para acessar tecnologias, financiamentos e políticas públicas às mais diferentes culturas e criações.
As agroindústrias, no total de nove hoje no município, estão dedicadas aos ramos de produtos de origem vegetais como doces, panificados, vinhos e sucos, e de origem animal como laticínios, embutidos e ovos. Segundo Voss, através do Fundo Estadual de Apoio aos Pequenos Empreendimentos Rurais (Feaper), foram atendidas, neste ano, cinco agroindústrias com o valor de R$60 mil. “Estes recursos são utilizados para a aquisição dos mais diversos equipamentos a estas agroindústrias, como os tachos para a produção dos doces”, explica.
Outra ação importante para as agroindústrias é a participação em feiras e eventos. “Além das festas do município e da região, estes empreendimentos marcam presença em feiras estaduais como a Expoagro, Expodireto, Expointer, Fenadoce, entre outras, divulgando o nome do município e criando espaços para comercializar seus produtos”.
No pêssego, estão envolvidas 60 famílias, que juntas cultivam 600 hectares a uma produtividade de 15 toneladas por hectare – uma produção de 9 mil toneladas da fruta. A maior parte da fruta é destinada às indústrias de conservas locais, como Neumann, Minuano, Simons, GB e Citral. Mas o produtor começa a investir também na fruta in natura, a fim de ter uma outra opção de comercialização para os seus excedentes.
Entre as atividades acompanhadas pela Emater junto ao produtor estão o sistema de alerta, reuniões de assistência técnica, construção de reservatórios, como açudes e cisternas, elaboração de projetos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), entre outros. A Emater realiza ainda um trabalho de nutrição e correção de solo, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Rural, juntamente com 150 famílias, em média três hectares por família em diferentes culturas.
A partir deste programa, houve uma evolução da produtividade em algumas culturas como o milho. Há dez anos, a produtividade girava em torno de 2,4 mil quilos por hectare no município e hoje se produz em média 4,2 mil quilos, alguns chegam a produzir mais de seis mil quilos por hectare. No pêssego, a produtividade era de sete mil quilos e hoje é de 15 mil quilos por hectare. “Isso se deve à adoção da tecnologia que veio junto com a correção do solo”, ressalta.
Na reservação de água, os produtores conseguem acessar programas como o Programa Municipal de Reservação de Água. Em um primeiro momento, a meta era atingir 45 famílias, mas foram atendidas 25 em função das condições ambientais. Também foram aproveitados recursos do Avançar RS para mais 12 açudes. A intenção é que a reservação de água se torne um programa continuado para que a cada ano sejam atendidos novos produtores.
O trabalho da Emater no município abrange as mais diversas atividades, como o assessoramento à Associação dos Empreendedores de Turismo de Morro Redondo (Aetmore), seja nas festas municipais, organização de feiras, capacitação em boas práticas de manipulação de alimentos e outros.
Estas atividades são apenas uma amostra da dimensão do trabalho da extensão rural e atendimento às famílias nos municípios atendidos pela Emater. Integram ainda a equipe da Emater Morro Redondo a médica veterinária Adriane Lobo Costa, o técnico agrícola Patric Medeiros e a assistente administrativa Carolina Kruger.