Preocupado com a estiagem que Morro Redondo está enfrentando, o prefeito Rui Brizolara (União) decretou situação de emergência na terça-feira (10).
O Decreto 5.510 aponta as perda que alcançam cera de R$ 9 milhões, com prejuízos nas culturas de soja, milho, feijão, pêssego e olericultura, bem como na criação do gado leiteiro e de corte, todos com redução na produtividade.
De acordo com os dados da Emater/RS-Ascar, em novembro de 2022 foram registrados 63 mm, representando 48% da média histórica da cidade, que é de 130 mm. Em dezembro choveu 102 mm, ou seja, 72% da média que é de 141 mm, e no primeiro mês de 2023 ainda não choveu, sendo que a média histórica é de 168 mm.
O problema da estiagem afeta também o abastecimento de água da zona urbana pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), que recebe diariamente vários caminhões-pipa para manter o abastecimento.
Na zona rural, a Secretaria de Desenvolvimento Rural e Turismo já contabiliza o envio de água através de caminhão-tanque para 70 famílias, com cerca de 15 mil litros de água por dia. Ainda há uma lista de espera com mais de 100 famílias necessitando de limpeza e aprofundamento de reservatório d’água para dessedentação animal, bem como aumento da capacidade reservada de água.
Sobre as culturas e criações, os dados levantados na última avaliação realizada pela pasta de Desenvolvimento Rural e Turismo e Emater mostram uma estimativa de perdas para os principais produtos agropecuários do município.
Confira as perdas estimadas para cada cultura no município:
Milho grão: R$ 432 mil
Milho silagem: R$ 2 milhões
Soja: R$ 4,167 milhões
Feijão: R$ 50 mil
Pêssego: R$ 2 milhões
Olericultura: R$ 120 mil
Bovinocultura de Leite: R$ 168 mil
Bovinocultura corte: R$ 22 mil
As perdas totalizam R$ 8,959 milhões