
Nos dias 6 e 7 de julho, aconteceu em Morro Redondo a VI Festa do Doce Colonial. O evento começou com o III Seminário da Tradição Doceira e terminou com uma bonita roda de samba. A festa acontece com o objetivo de mostrar aos turistas e moradores o que o município tem para oferecer, sendo uma das maiores expressões da tradição doceira.
A tarde do primeiro dia de evento foi marcada pelo III Doce Encontro Cultural, no Ginásio de Esportes com diversas atrações culturais e a presença da Escola de Música Waltzer Musik; do Espaço Cultural, Arte, Gastronomia e Eventos; dos alunos do projeto Canto Coral na Waltzer Musik; do Coral Paroquial de Morro Redondo; do Grupo de Dança Germânica da Igreja Evangélica Luterana Independente São Marcos de Morro Redondo; dos Maneirinhos do Rincão, Os Tordilhos, FolkArt Instrutoria Folclórica, de Jaguarão; da Banda Municipal de Morro Redondo e do Grupo de Dança Folclórica Bauernkreis, de Canguçu. Durante as atividades, uma feira com produtos artesanais e de doces coloniais foi montada no entorno da quadra onde ocorreram as apresentações.
No segundo dia, aconteceu a celebração do Doce Colonial. Durante a manhã, a festa foi animada pela banda típica alemã local Stiepen e com dois tachos no fogo fazendo doce de goiaba e de marmelo. O evento prometia aquecer o dia frio, com temperaturas próximas de 0ºC. A doceira Zilda Oliveira do Passo do Valdez, mexeu o tacho até a goiabada ficar no ponto. Ao mesmo tempo, mais de 30 expositores se preparavam para receber o público nas bancas diversificadas das floriculturas, de artesanato, pães, cucas e bolachas, queijo e daquele que é o rei da festa – doces, geleias, cristalizados e passas.
A feira aconteceu em uma rua lateral da Praça, que é fechada para esse fim. No momento em que os doces ficaram prontos, foram distribuídos aos presentes com pão caseiro e cuca tradicional. Além disso, uma sortida Praça da Alimentação com churrasquinho, pasteis, as tradicionais rodas de carreta e rievelsback, cuca com linguiça e chopp estava localizada no centro da Praça, onde os visitantes podiam se alimentar curtindo as atrações culturais. Também brinquedos gratuitos para a criançada ficaram disponíveis ao lado de pipoca e algodão doce para que toda a família pudesse ter diversão garantida. Uma oficina de passas de pêssego foi realizada na Tenda dos Sabores e Saberes pela doceira Cibele Costa, da tradicional família dos Doces Vô Jordão, que já está na quarta geração mantendo a produção de doces e passas.
Após o show da banda Stiepen, o Grupo Carqueja foi quem animou a virada da manhã para a tarde, fazendo o público presente dançar no tablado instalado no meio da Praça e se aquecer ao som de uma boa música. Na sequência, o grupo Stiepen retornou fazendo a volta olímpica, novamente chamando as pessoas para fazer a festa no tablado, dançando e cantando com muita animação. O Grupo de Dança Típica da Escola Guido Timm Venzke, de Canguçu, fez uma linda homenagem ao Doce Colonial de Morro Redondo e encantou a todos com sua apresentação. Para encerrar as atrações, a banda Aruanda trouxe seu samba para dentro da Festa, fechando o evento já quase no escurecer.
Para a comissão organizadora, composta por membros da Associação de Empreendedores em Turismo do Morro Redondo (AETMORE), Departamento de Turismo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Turismo (SMDRT) e do Escritório Municipal da Ascar-Emater/RS, a festa superou as expectativas, tanto no número de visitantes, que foi estimado acima de 5 mil pessoas, quanto no valor comercializado, que superou R$ 30 mil somente na Praça. “Estimamos que a festa trouxe um valor acima de R$ 80 mil para o município, se considerarmos a Feira, a Praça de Alimentação e todos os empreendimentos que receberam turistas em função do evento”, declarou Adriane Lobo, extensionista rural da Emater municipal.
“A Festa foi mais uma prova que o turismo é uma atividade promissora para Morro Redondo e pode ser uma atividade econômica importante”, manifestou Gustavo Vidart, presidente da AETMORE.
“Nós, que representamos o Poder Público na Comissão Organizadora, ficamos muitos satisfeitos com o resultado que tivemos, pois pela primeira vez obtivemos um financiamento do Pró-Cultura, da Secretaria Estadual de Cultura, para realizar o evento. Além disso, o apoio da Prefeitura Municipal, da AETMORE, Sicredi, Cabanha Silva, de diversos empreendimentos e comércio local, que fez a diferença para que a Festa atingisse seus objetivos. Com parceria da Embrapa, Emater e Museu Histórico de Morro Redondo na Tenda dos Sabores e Saberes, conseguimos demonstrar a importância que o doce colonial tem para o turismo”, declarou Pedro Vieira, diretor do Departamento de Turismo da SMDRT.