Com obra concluída em 16 de dezembro de 2020, a Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Rudy Walter Kussler ainda não foi entregue à comunidade, o que causa indignação da população.
Moradora do bairro Kennedy há mais de 36 anos, a dona de casa Jamile Brum ressaltou que a UBS é de suma importância, visto que também abrange outros bairros. “Nossa preocupação é o descaso com que esta reforma vem sendo tratada, pois já aconteceram duas licitações e o posto continua sem sua reforma concluída e entregue. O que nos interessa não é a estética do posto, mas sim que esteja em pleno funcionamento com tudo que foi proposto a funcionar nele”, explicou.
Jamile ainda diz que quem precisa de atendimento é obrigado a se deslocar para outro bairro. “Acabamos tendo que ser atendidos em outros locais, fazendo com que demore para conseguirmos agendar consultas”, afirmou.
Em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura, foi informado que a empresa contratada – Ricardo Darley Prates – ME – não cumpriu os requisitos impostos no contrato, ou seja, entregou o prédio com péssimas condições de uso, tendo risco de desmoronamento.
Autoridades também estão engajadas na causa
Ainda nesta semana, vereadores e representantes do Conselho Municipal de Saúde e da empresa que executou a obra participaram de uma reunião com o vice-prefeito Rogério Cruz (MDB) e a secretária de Saúde, Gilcelli Machado.
Na ocasião, Cruz expôs para os presentes que a obra foi dada como pronta, mas ao verificar o prédio foi constatado que estava sem condições de uso, completamente fora das normas da Secretaria.
A reunião foi proposta pelos vereadores integrantes das Comissões de Saúde, de Infraestrutura e de Constituição, Lisandro Lenz e Isabel Espinoza, ambos do PT, e Cristiano Cardoso (Cidadania).
Na oportunidade, foi mostrada a parte interna do prédio e os demais representantes concordaram com o poder público de que não deveria ser aberta a UBS no momento.
Como resultado da reunião, ficou decidido que a Prefeitura irá viabilizar novos recursos para a readequação do local. Para isso será encaminhado ao Legislativo um projeto de lei para adquirir os recursos.
A responsável pelo projeto, Adriana Ança, ressaltou que a empresa foi notificada cinco vezes devido ao atraso e à falta de qualificação na execução.
