Jaguarão: Colégio Estadual Carlos Alberto Ribas sofre novamente com interdição de prédio

A atitude gerou revolta na comunidade escolar, professores e funcionários da instituição. (Foto: Juliana Lima/JTR)

Pela segunda vez, o Colégio Estadual Carlos Alberto Ribas teve que interromper as atividades escolares por interdição do prédio. Em 2016, o antigo prédio, foi interditado por más condições de uso. Na época, foi alugado o atual espaço que, após vistoria do corpo de Bombeiros durante a semana, foi interditado, deixando mais de 524 alunos sem aulas.
A atitude gerou revolta na comunidade escolar, professores e funcionários da instituição.
Segundo a diretora Roberta Pólvora Rodrigues Dutra, a atitude de imediato será tentar procurar outro prédio ou continuar as atividades de forma remota para conseguir encerrar o ano letivo. “O momento agora será de aulas on-line e tentar terminar o ano”, disse.

Com mais 30 anos lecionando na escola, o professor Jáqueson Urtassum da Silva ressaltou que essa atitude não só incomoda como deixa a todos bastante decepcionados com os poderes em geral que contribuíram para que a escola chegasse a esse nível.

“Teremos muitas dificuldades para concluir o ano letivo, com jovens que estão se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e outros processos seletivos”, afirma.

A aluna do segundo ano do Ensino Médio, Gabriela Caldeira contou à reportagem que a comunidade escolar vai se mobilizar e promover protestos. “Acho tudo isso um grande descaso com a nossa educação e a falta de preocupação com os alunos, simplesmente vem aqui interditam a escola sem se preocupar se teríamos outro prédio para nos realocar”, aponta.

O prefeito Rogério Cruz (MDB) se deslocou até a cidade de Porto Alegre para tentar uma alternativa para a situação. Na capital, foi recebido pela Secretária de Estado da Educação Adjunta, Stefanie Henking Eskereski e outros membros da pasta.

Na oportunidade, Stefanie apresentou algumas medidas que o governo estadual está encaminhando, na tentativa de resolver momentaneamente a situação. Segundo ela, foi elaborado, por parte da Secretaria de Obras Públicas (SOP), um projeto de estabilização da fachada principal. Além disso, será elaborado pela 5ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (CROP) um projeto para instalação de um telhado provisório, trocando a atual telha cerâmica por uma telha mais leve, visando aliviar a carga existente.

Após a conclusão, estes elementos serão encaminhados para os procedimentos de dispensa de licitação por emergencialidade, visando contratação de empresa especializada em restauro, tendo em vista a complexidade dos serviços.

Segundo Stefanie, além destes passos, é necessária a contratação de empresa especializada para elaboração de projeto de restauro.

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