Além de estar presente nas ruas e monumentos do município, a cultura de Jaguarão também ganha visibilidade em toda a região, por meio de diversos artistas, que se destacam pelas poesias, escritas e música.
Um exemplo é o escritor Hélio Ramirez, que já publicou diversos livros, utilizando a paixão pelas letras. O primeiro foi a “Biogeografia da Bacia do Rio Jaguarão” que resgata aspectos da flora, fauna, geologia e do meio ambiente da importante bacia hidrográfica. E não parou nesse livro. Em seguida vieram as obras: “Lendas do rio Jaguarão” (Legendas del rio Yaguaron), com edição bilíngue e tradução para o espanhol realizada pelo Dr. Juan Pedro Alvez Suárez e Carina Lopes, “O olhar dos viajantes”, que trata da paisagem da zona sul do estado no século XIX, sob o olhar de viajantes europeus, e “Cactaceas Nativas de Jaguarão”, em parceria com Renan Pittela.
Para Ramirez, escrever é uma necessidade. “Eu não posso ficar com esses conhecimentos só para mim. Tenho que compartilhar com os outros. Escrever livros é uma forma de repartir o que aprendi. A leitura é uma forma de libertação. Ela nos transforma. Uma pessoa que lê tem capacidade de discernimento. Ver nas coisas o que é verdade ou mentira. Infelizmente, hoje as pessoas estão presas demais às mídias eletrônicas, que nem sempre falam a verdade, ou tratam de assuntos sérios com superficialidade”, disse.
O escritor ainda citou dois nomes que traduzem seu pensamento sobre a literatura. O grande poeta Castro Alves, segundo ele, resume em versos o que pensa sobre livros quando diz: “Oh! Bendito o que semeia/ livros à mão cheia/ E manda o povo pensar!/ O livro, caindo n’alma/ É germe – que faz a palma, É chuva- que faz o mar”.
Outro é o filósofo, matemático e escritor inglês, ganhador do Nobel de Literatura, Bertrand Russel, que, em referência à filosofia disse: “Devemos estudar não a fim de se obter uma resposta definitiva para suas perguntas (…) mas pelas perguntas em si; porque elas ampliam nossa concepção do que é possível, enriquecem nossa imaginação intelectual e diminuem a segurança dogmática que fecha a mente para a especulação”. Isso, Ramirez aponta que considera no hábito de ler.