Capão do Leão: Emater é referência também na área social para a agricultura familiar

A equipe do escritório é formada pela a extensionista social, nutricionista Cristina Schramm, assistente administrativa Liziane Cunha, o médico veterinário Hector Diaz, o agrônomo e técnico agropecuário Edenilson de Oliveira e o técnico agropecuário Ezequiel da Silva. (Foto: Adilson Cruz/JTR)

Entre os quase 26,5 mil habitantes do município, 7% vive no campo. Desse total, 265 famílias são assistidas pela equipe do escritório municipal da Emater, trabalho acordado através de contrato formal com a Prefeitura, renovado anualmente, e que segundo o chefe do escritório, o agrônomo e técnico agropecuário Edenilson de Oliveira, é parceira em diversos projetos, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).

Um destes programas é o de Fomento às Atividades Produtivas Rurais, que tem como executora a Emater. Sob o nome de Fomento Estiagem, a proposta prioriza as famílias em vulnerabilidade social, incentivando a produção voltada para o autoconsumo, comercialização dos excedentes, melhorando assim as condições de insegurança alimentar e vulnerabilidade econômica e social no meio rural.

O valor do projeto é de R$ 4,6 mil por família. Por sua vez, cada núcleo familiar investe na atividade que tem mais conhecimento. No final de 2023, a Emater realizou a mobilização de 12 famílias do programa, fez o diagnóstico da unidade produtiva e elaborou o projeto de estruturação produtiva familiar. Dentre os projetos solicitados pelas famílias estão hortas domésticas, pequenos pomares, sistema de irrigação, construção de galinheiro (avicultura colonial), cultivo de morango em estufa, apicultura e aquisição de equipamentos para a agricultura e o artesanato.

O trabalho destes profissionais vai muito além da produção agropecuária, pois auxilia as famílias a terem qualidade de vida no campo, a desenvolverem as suas habilidades a fim de gerar renda e permanecer no campo.

Uma atividade que começa a se fortalecer é a agroindústria, com dois estabelecimentos formalizados e em pleno funcionamento – uma queijaria e outra de pescado, que foi inaugurada no mês passado e que comercializou sua produção durante a última Semana Santa para os consumidores locais. No leite, antes restrita à produção de queijo, a partir de compra de equipamento pelo Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper), regularizou também o iogurte e o doce de leite. Segundo Oliveira, o produto ainda está em escala pequena, mas com alta qualidade. Ele destaca que outras duas empresas estão em processo avançado de formalização – uma de panificados e outra de doces.

As atividades agropecuárias têm importante papel na matriz produtiva do município, com destaque para a cultura da soja, que vem ocupando a cada ano, uma área maior e envolvendo mais produtores. Nesta safra, foram cultivados 10,5 mil hectares por 45 produtores. Outra cultura significativa é o arroz, que atingiu em torno de 6 mil hectares e mais de 20 produtores. O milho, com área em torno de 600 hectares, na maioria para silagem, envolve atualmente em torno de 60 produtores.

Conforme o agrônomo, a soma das atividades agropecuárias do município chega a 60% do Produto Interno Bruto (PIB). Na pequena propriedade, as atividades são bem diversificadas com a produção do leite, frutas (como o morango e a melancia), hortaliças, entre outras.
A pecuária leiteira e de corte têm uma importância significativa nas atividades produtivas do município. O leite, que está mais ligado à pequena propriedade tem hoje cerca de 31 produtores e um rebanho em torno de 775 vacas. Com maior expressão, está a pecuária de corte, com um rebanho de 31 mil cabeças e 140 produtores. Na ovinocultura, o rebanho está em aproximadamente 5 mil animais.

Outras culturas, como a olivicultura, vêm ganhando destaque no município, com um pomar assistido e projeto de implantação de 10 hectares. Na fruticultura, aparece a melancia, que notabilizou o município e que é celebrada durante a Festa da Melancia, tem área plantada em estabilidade e incentivo para aumento de produção. Na última safra, foram plantados 20 hectares, distribuídos entre 19 produtores, na região da localidade de Capela da Buena. A fruta consumida durante a 13ª Festa da Melancia, ocorrida entre os dias 9 e 10 de março, foi toda produzida no município. Há a comercialização ainda às margens da BR-293, nas proximidades da Capela da Buena.

O morango está em fase de retomada, com dois novos empreendimentos e envolve atualmente 10 produtores. O município possui ainda 36 famílias assentadas que são referência na produção de base ecológica, fornecendo seus produtos para a merenda escolar. “Temos bons exemplos nos assentamentos”, ressalta Oliveira.
A equipe do escritório é formada ainda pelo médico veterinário Hector Diaz, o técnico agropecuário Ezequiel da Silva, a extensionista social, nutricionista Cristina Schramm e a assistente administrativa Liziane Cunha.

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