Capão do Leão: Agroindústrias são realidade no município e se constituem em diversificação das atividades nas pequenas propriedades

Primeira agroindústria de queijos formalizada, também produz outros produtos derivados do leite. (Foto: Adilson Cruz/JTR)

Desde o mês de dezembro de 2020, o município possui a sua primeira agroindústria de queijo formalizada. Com registro junto ao Sistema de Inspeção Municipal (SIM), a Agroindústria Dona Luiza, localizada na Capela da Buena, recebeu em fevereiro deste ano a certificação e selo Sabor Gaúcho, do governo do Estado. Além desta, há outras em processo de regularização, uma na produção de doces, também na Capela da Buena, e outra de panificados, no Cerro das Almas.

A informação é do chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar, o técnico agrícola Edenilson Oliveira, que destaca o interesse dos produtores em agregar valor à matéria-prima produzida na propriedade e tem na Agroindústria Dona Luiza, um exemplo de empreendimento que deu certo. Há dois anos à frente da instituição, ele destaca que o convênio da Emater com a Prefeitura viabilizou o aumento da equipe, que hoje conta ainda com outros dois técnicos para a área produtiva e um extensionista da área de bem estar social, que juntos atendem 240 famílias no município.

Pecuária leiteira e de corte tem importância significativa nas atividades produtivas. (Foto: Adilson Cruz/JTR)

As atividades agropecuárias têm importante papel na matriz produtiva do município, com destaque para a cultura da soja, que vem ocupando a cada ano uma área maior e envolvendo mais produtores. Nesta safra foram cultivados 10 mil hectares por 45 produtores. Outra cultura significativa é o arroz, que atingiu em torno de seis mil hectares e mais de 20 produtores. O milho, com área em torno de mil hectares, tanto para grão quanto para silagem, envolve hoje em torno de 60 produtores. No entanto, segundo o técnico, esse número já chegou a mais de 100.

A pecuária leiteira e de corte têm uma importância significativa nas atividades produtivas do município. O leite, que está mais ligado à pequena propriedade, tem hoje em torno de 31 produtores e um rebanho com cerca de 775 vacas. Com maior expressão está a pecuária de corte, com um rebanho de 31 mil cabeças e 140 produtores. Na ovinocultura, o rebanho está em torno de cinco mil animais.

O chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar, Edenilson Oliveira, destacou o interesse dos produtores em agregar valor ao que é produzido nas propriedades. (Foto: Adilson Cruz/JTR)

Outras culturas vêm ganhando destaque no município. Uma delas é a de oliveiras, com um pomar assistido e projeto de implantação de dez hectares. Na fruticultura, aparece a melancia, fruta que notabilizou o município e, durante alguns anos, foi celebrada durante festa municipal, tendo área plantada em estabilidade e incentivo para aumento de produção. Na última safra, foram plantados 15 hectares, distribuídos entre sete produtores, que obtiveram produção total de 375 toneladas. A venda das frutas ocorre, quase que em sua totalidade, nas margens da BR 293, nas proximidades da localidade da Capela da Buena.

Outras frutas, como o morango, envolvem hoje oito produtores, e são plantadas para autoconsumo. O município possui ainda 36 famílias assentadas, que são referência na produção de base ecológica, fornecendo seus produtos para a merenda escolar. “Temos bons exemplos nos assentamentos”, ressalta Oliveira.

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