A Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado recebeu, na manhã desta segunda-feira (30), a entrevista coletiva sobre a 33ª Abertura Oficial do Arroz e Grãos em Terras Baixas.
Na ocasião, representantes da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Embrapa Clima Temperado, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) e Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga) falaram sobre a programação do evento que, neste ano, tem como pauta as multisafras.
Cerca de 10 mil pessoas são esperadas na Estação Experimental que receberá 130 expositores, 34 deles nas vitrines tecnológicas, além de mais de 30 caravanas de produtores. O evento é a maior abertura de colheita de grãos do Brasil. “Não é à toa que nós temos que nos orgulhar de poder realizar este grande evento. E isto não seria possível sem todas as entidades, sem a Embrapa, todas as universidades e demais junto com as prefeituras, é uma união de forças”, disse Alexandre Velho, presidente da Federarroz.
Neste ano, o principal assunto em discussão pelas entidades envolvidas é o potencial da rotatividade de culturas, além das melhores tecnologias para a produção de inovação. Velho falou também sobre as mudanças nas abordagens das produções. “O evento vem tendo uma participação cada vez maior das empresas, são mais de 130 empresas que estarão conosco. Este ano com algumas novidades, com a lavoura de milho junto às lavouras principais, de arroz e de soja, porque o milho deixou de ser uma cultura somente para nós testarmos, uma cultura para nós pensarmos em, aos poucos, introduzir também nas áreas de arroz”, disse.
O presidente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS), Eduardo Condorelli, falou sobre o compromisso de levar o conhecimento técnico ao produtor. “Como entidade responsável, como missão alcançar ao produtor e o trabalhador rural brasileiro o conhecimento capaz de colocá-lo num outro patamar de capacidade produtiva. […] Nenhum produtor rural usa produto agroquímico porque gosta, porque além de caro é perigoso, usa porque precisa. Consequentemente temos uma preocupação de mantê-lo sempre num alto padrão técnico, para que isso possa ocorrer da melhor maneira possível”, pontuou.
Também estiveram presentes na coletiva os chefes do Executivo leonense e pelotense.
O prefeito de Capão do Leão, Vilmar Schmitt (Progressistas), comemorou a realização do evento no município. “Capão do Leão se sente muito feliz em ter esse evento. Então eu digo a vocês, a prefeitura está junto e é parceira”, disse.
Paula Mascarenhas (PSDB), prefeita de Pelotas, citou os desafios impostos pela estiagem e a necessidade de tecnologias para preparo dos produtores. “Não tenho dúvida que, justamente este tipo de evento, este tipo de oportunidade de encontro de troca de ideias, é o que pode fomentar que a gente tenha uma resposta adequada, sustentável e permanente, para que não tenhamos que sofrer esses momentos. Que enfrentemos a estiagem, já que a gente não pode evitar, com mais capacidade, com mais tranquilidade, com mais inovação, que a gente possa, então, ter um futuro mais promissor para todos nós e, sobretudo, para os nossos produtores”, enfatizou.
O chefe geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso, destacou que este será o quinto ano em que a Estação Experimental recebe a Abertura da Colheita, ano do cinquentenário da Embrapa.
Também presente, o presidente do Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga), Rodrigo Machado, anunciou que durante o evento serão divulgados dados da safra 2022/2023.
O evento, que conta com patrocínio do Ministério da Agricultura e Irga, ocorrerá de 14 a 16 de fevereiro na Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão. A programação completa assim como as inscrições para o evento, que ocorrerá de forma híbrida (virtual e online), e de forma gratuita, podem ser conferidas no site colheitadoarroz.com.br.