Foi arquivado pela Câmara de Vereadores de Canguçu o processo de cassação do vereador Xico Vilela (PL) após 92 dias. Vilela foi acusado de injúria racial, em abril deste ano, após uma fala durante sessão ordinária.
O relatório foi finalizado no dia 24 de julho, mas o presidente do Legislativo, Silvio Neutzling (MDB), teria entrado de licença médica no dia anterior e a sessão foi presidida pelo segundo vice, Leandro Ehlert (PSDB), uma vez que o próprio Vilela é o primeiro vice-presidente da Câmara. Dessa forma, não houve a convocação da sessão de julgamento. De acordo com o Decreto 201/67, o processo deve ser concluído em 90 dias após a abertura.
Sobre o caso
Em abril deste ano, Vilela fez um comentário sobre os repasses realizados pelo governo federal durante a pandemia de Covid-19 em que utilizou o termo ‘negrada’. “Com aquele dinheiro da Covid, essa negrada nos estados, deitaram e rolaram”. O pedido de cassação foi feito por dois moradores do município.
Contudo, esta não é a primeira vez que o vereador é acusado de racismo. Em junho de 2023, Vilela se referiu a uma servidora municipal como “neguinha, p***”. O ato ocorreu durante o intervalo de uma sessão legislativa. Na ocasião, o vereador não percebeu que o microfone estava aberto e proferiu a fala de teor racista e misógino. Ele também foi alvo de investigação, mas o pedido de cassação foi rejeitado na Câmara.