
*Com informações da Assessoria de Imprensa
Uma pauta que vem sendo casa vez mais discutida entre a comunidade canguçuense, a violência contra a mulher, ganhou evidência esta semana. Por meio da Prefeitura, Câmara de Vereadores e forças policiais, ações afirmativas vem sendo realizadas. A ideia é viabilizar um espaço específico para atender a demanda de denúncias.
O projeto Sala das Margaridas já acontece no estado e prevê a disponibilidade de um local para acolher e encorajar mulheres no processo de rompimento do ciclo da violência.
Primeiras ações
Na segunda-feira (3), o presidente do Legislativo, Leandro Ehlert, acompanhado da vereadora Iasmin Roloff, reuniu-se com representantes do Executivo e do Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro), além do delegado César Nogueira e do tenente Muller para solicitar apoio em relação ao projeto.
De acordo com Iasmin, essa é uma importante necessidade do município. “Precisamos ter um espaço de acolhimento às vítimas de violência doméstica, para que durante as denúncias sejam escutadas em um espaço mais tranquilo. E assim, a vítima possa fazer a explanação do ocorrido com calma e segurança”, explicou.
Delegacia da Mulher
Devido ao número de habitantes de Canguçu, não existe viabilidade para a existência de uma delegacia específica da mulher. Mas, sim, a Sala das Margaridas que irá contemplar o atendimento exclusivo para mulheres violentadas, porém para que isso ocorra, é importante a solicitação de novos policiais para o município.
Neste momento, conforme informado pelo delegado, está acontecendo uma formação de novos policiais que virão para o estado. Se Canguçu for contemplado com novos agentes, esse projeto se torna ainda mais viável.
Nogueira também informou que, neste momento, os poderes executivos estaduais estão passando por dificuldades. “Infelizmente, não possuem condições orçamentárias para construção da sala. Em razão disso, estamos conversando com a Câmara de Vereadores de Canguçu, Consepro e Prefeitura, para que juntos consigamos idealizar esse espaço”, disse.
Casos de violência contra a mulher no município
Conforme reportagem realizada pelo Jornal Tradição Regional em março, a violência contra a mulher no município vem demonstrando números cada vez maiores, principalmente durante a pandemia de coronavírus, com casos que englobam violência física e psicológica.
Apesar do baixo índice de denúncias registradas no estado, somente em 2020, 33.392 mulheres sofreram ameaças, 18.944 tiveram lesões corporais e 1.908 foram estupradas.
Os casos de violência acontecem diariamente entre crianças do gênero feminino e mulheres que ocupam os mais diversos cargos dentro da sociedade.
Atualmente, é possível realizar denúncias através do número 180, também pela internet ou através do 190 da Brigada Militar.