
Idealizado para ser uma ferramenta de fomento para a ovinocultura da Zona Sul, o projeto Cordeiro Mauá será lançado nesta sexta-feira (21) em Arroio Grande, em evento promovido pela prefeitura, no Acampamento Farroupilha, a partir das 10h30 e que pretende reunir representantes de órgãos governamentais, de instituições de pesquisa e assistência técnica e da cadeia produtiva.
“Este projeto não é somente a possibilidade de ter uma identidade geográfica para a carne de ovelha produzida no sul do estado, mas também de oxigenar a cadeia produtiva e aproveitar o momento no qual o Governo Federal investe na Política Nacional de Incentivo à Ovinocaprinocultura, que pretende ser uma ferramenta de desenvolvimento para essa cadeia que tem grande importância econômica e cultural na Zona Sul e, em especial, nesta região de fronteira com o Uruguai”, diz o vice-prefeito João César Larrosa.
O lançamento, previsto inclui tanto o selo Cordeiro Mauá, que deve passar a ser usado identificar a carne produzida na região, como o Núcleo Ovino da Região Sul/RS, que engloba 11 municípios do Corede Sul (Arroio Grande; Herval; Pedras Altas; Jaguarão; Santa Vitória do Palmar; Pedro Osório; Cerrito; Pinheiro Machado; Capão do Leão; Pelotas e Rio Grande) e tem Arroio Grande como ponto focal.
A escolha de Arroio Grande como centro do projeto se deu, primeiramente, pelo fato de a cidade possuir uma planta frigorífica em plenas condições de funcionamento e sob fiscalização estadual, possibilitando a comercialização e distribuição dos produtos em todo o território do Rio Grande do Sul.
O fato do município ter sua economia baseada na produção primária e, em especial, na agricultura e na pecuária familiar e estar no centro da microrregião e distante apenas 40 km da fronteira com o Uruguai, foram outros motivos que pesaram na escolha.
A marca Cordeiro Mauá, por sua vez, é uma referência a Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, considerado o maior empreendedor do período imperial e o primeiro industrial do Brasil, que era natural do Arroio Grande e, que também empresta seu nome a ponte internacional que liga Brasil e Uruguai.
A possibilidade de incluir produtores do outro lado da fronteira ao projeto já está, conforme Larrosa, sendo negociada. “Estamos trabalhando nessa agenda juntamente com o Consulado do Uruguai. A ideia é que esse frigorífico passe a atender boa parte da necessidade de abate dos produtores localizados nessa linha de fronteira, tanto no Brasil como no Uruguai”, disse.
Palestras
O evento contará, também com as palestras do presidente do Sindicato Rural de São Lourenço do Sul e produtor Ricardo Serpa que irá falar sobre confinamento e comercialização de carne ovina e do consultor técnico do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional do Brasil para o programa Rota do Cordeiro, Daniel Benitez.