Especial JTR: O volante como opção de vida em São Lourenço do Sul

Escolha feita há 15 anos é até hoje o grande prazer do transportador Carlos Alberto Radtke (Foto: Cristian Iepsen/JTR)

Viajar e passar horas atrás do volante. Fazer isso para transportar leite foi a escolha de vida de Carlos Alberto Radtke, de 39 anos. Esta decisão foi tomada 15 anos atrás, após algumas experiências. Trabalhou na lavoura com o pai no interior de São Lourenço do Sul, foi também músico – passando por algumas bandas -, mas foi o transporte de leite que o conquistou após uma oportunidade dada pela Cooperativa Mista dos Pequenos Agricultores da Região Sul Ltda. (Coopar).

Carlos começou a trabalhar como ajudante do sogro que já era transportador para outra empresa e passou a realizar a função para a Coopar, quando a cooperativa iniciou a atividade leiteira. Por dois anos conciliou o trabalho de ajudante do sogro, com o cultivo agrícola e a música, até que chegou o momento de assumir o transporte. “Foi quando o transporte de leite passou a ser o sustento da minha família. Foi a oportunidade de renda dada pela Coopar que me fez escolher o transporte de leite como profissão”, relembra.

Desde então ele investiu. Passou pela forte crise do leite em 2013 sem desistir e atualmente tem dois caminhões, um deles com o cunhado no volante. Hoje transporta 17 mil litros de leite por dia em rotas no interior de Pelotas e de Arroio do Padre, atendendo 70 produtores, de onde transporta o leite até a Coopar. Mesmo com a quantidade grande transportada diariamente, ele revela que esta não é a época do ano de maior produtividade. No forte da safra, a quantidade é ainda maior.

Com os produtores, a relação é de parceria, assim como com a Coopar. Além do transporte, há todo um trabalho de informação e orientação, já que é uma cadeia que trabalha em conjunto até que o leite chegue à indústria. “É uma grande responsabilidade, pois há todo um trabalho de cuidado com as normativas do produto. É puxado, trabalhoso, mas eu gosto muito do que faço, senão, não estaria há 15 anos”, conta ele que nem pensa em mudar de profissão: “É disso que eu gosto”, conclui.

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