Com quase 83 anos, a empreendedora Ilga Härter Saalfeld inaugurou as obras de adequação da agroindústria localizada em Coqueiro, em São Lourenço do Sul. A reinauguração aconteceu na última sexta-feira (28), com a presença de autoridades, como o prefeito Rudinei Härter, os secretários municipais de Desenvolvimento Rural e do Turismo, Indústria e Comércio, Bruno Leitzke e Luis Carlos Citrine Braga, o coordenador do Sistema de Inspeção Municipal (SIM), Carlos Eduardo Ferreira, o gerente Regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas, Ronaldo Clasem Maciel, o chefe da Emater/RS-Ascar de São Lourenço do Sul, Paulo Wetzel, e Enio Ritter, do Conselho Agropecuário (Capec), também de São Lourenço do Sul.
De acordo com a filha Mara Saalfeld, médica veterinária da Emater/RS-Ascar na região de Pelotas, “todos os presentes estavam emocionados com a história da agroindústria e a determinação da proprietária, que sempre disponível se adequou em tempo recorde”.
Notificada pelo SIM em janeiro de 2018 para readequação e com prazo de dois anos para as obras, a Agroindústria Ilga Härter Saalfeld estava adequada e aprovada pelo SIM em seis meses. “A inauguração deveria ter sido em setembro de 2018, entretanto um acidente com ela impediu a inauguração, que só aconteceu na sexta-feira passada”, conta Mara.
A readequação contou com o auxílio técnico da Emater/RS-Ascar de São Lourenço do Sul, de Pelotas e de Porto Alegre, que projetou as modificações necessárias, como construção de barreira sanitária, troca de azulejos de parede e piso, construção de óculo, mudança de aberturas, troca de pia e instalação de ar condicionado. Além disso foi necessário calcular nova tabela nutricional elaborada pelo Escritório Central da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, bem como a nova planta necessária.
A produção de linguiça colonial frescal e defumada iniciou em 1959, quando Ilga e Bruno Saalfeld inauguraram a Agroindústria. “Inicialmente, tinham criação de suínos, faziam o abate e a produção de embutidos”, conta a filha Mara, ao lembrar que em 1986 a agroindústria foi construída no local onde foi readequada, dentro das normas técnicas da época. “Em pouco tempo os proprietários foram proibidos pela Fepam de seguir na criação de suínos na propriedade. Passaram então a comprar carne de frigoríficos”, destaca Mara, ao ressaltar que em 2001 a agroindústria recebeu o selo do SIM e em 2014 passou a ter Responsável Técnico.