Se o momento é de medo e preocupação, é também de solidariedade. Em meio à pandemia do coronavírus, muita gente tem se dedicado a ajudar quem precisa, afinal, não é de hoje que a comunidade lourenciana se mostra solidária. Ações de todos os tipos tem se espalhado pela cidade.
Logo que a preocupação com a Covid-19 começou a ganhar força no Rio Grande do Sul, surgiu a necessidade de produção de materiais de proteção aos profissionais de saúde. E, imediatamente, a solidariedade entrou em ação. Senhoras do grupo Conviver e costureiras voluntárias colocaram as mãos ao trabalho. Uma delas é Sandra Härtwig que produziu 30 aventais para ajudar as equipes de saúde. “O mais importante é saber que as pessoas estão protegidas”, comenta Sandra.
O grupo de danças folclóricas alemãs Sonnenschein também fez a sua parte, com a confecção de 80 aventais. “Diante da situação de pandemia que vivemos, o grupo Sonnenschein tem tentado se engajar da melhor forma possível, contribuindo com a comunidade em algumas ações. O grupo emprestou algumas pirâmides que foram instaladas em frente às unidades de saúde para aumentar o espaço para que as pessoas não precisem entrar e fiquem abrigadas do sol e da chuva durante a triagem. Também participamos da campanha dos aventais para os profissionais da saúde, doamos a costura, já que temos várias costureiras que trabalham com o grupo, então fizemos esta ação juntamente com elas”, conta a presidente do grupo, Edna Bosenbecker.
Ela revela ainda, que o grupo está pensando em outras ações, como doação de alimentos, em campanha que deve ser lançada nos próximos dias. “Para que sejamos mais efetivos na ajuda para a comunidade que tanto nos ajuda também, todos os anos, participando dos nossos eventos, neste momento é importante estarmos unidos, dando apoio a quem precisa de apoio”, reflete a presidente do grupo.
Várias pessoas, entidades e empresas também realizam ações com doação de máscaras e equipamentos de segurança aos profissionais. As doações de alimentos e produtos de limpeza para instituições, principalmente à Santa Casa, é crescente. A Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e a ACI/CDL são exemplos de instituições que tem feito a doação de materiais. Malharias também tem trabalhado na confecção de equipamentos de segurança. E são muitas as costureiras que tem produzido máscaras para que as pessoas que precisam sair de casa possam se proteger.
Sandra, por exemplo, não cobra pelas máscaras, pede apenas que as pessoas doem em troca alimentos que ela repassa às famílias que precisam de ajuda. “Comecei por convite de uma amiga para costurar as máscaras. À princípio seria só uma ajuda com costura, logo pensei, por que não fazer se a população está precisando?! Todos estão procurando, a população está precisando e é fácil de fazer. Então por que não ajudar?”, conta a costureira.
Depois, veio a ideia dos alimentos para contribuir com quem precisa. “Começamos e depois me engajei também no projeto da Furg. Comecei pelo desejo de ajudar, pois todos estamos assustados sem saber o que vai acontecer. Eu fico feliz de ver as pessoas usando, dizendo que gostaram, saber que as pessoas estão felizes com isso e principalmente se protegendo com a máscara que é o que mais importa”, diz Sandra.
