O município do Rio Grande deverá aplicar este ano R$ 450 mil na compra de até 65 toneladas de alimentos produzidos por agricultores familiares do município para a merenda escolar. Em cifras isso representa um aumento de 50% dos recursos direcionados pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). No mês de fevereiro serão realizadas reuniões específicas com grupos de produtores das regiões da Palma, Arraial, Ilha dos Marinheiros e Quinta para apresentar e ajustar as metas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
No ano passado mais de 42 toneladas de alimentos de 24 famílias da agricultura familiar foram fornecidas para 46 instituições de ensino do município. Conforme os dados da Emater/Ascar e da Secretaria de Pesca, Agricultura e Cooperativismo em 2021 foram destinados aproximadamente R$ 300 mil para a compra da produção dos produtores inscritos no programa. Com o novo aporte de recursos a expectativa é aumentar a cobertura e alcançar todas as 75 escolas municipais. O número de fornecedores também deve aumentar.
A coordenadora do Núcleo de Alimentação Escolar da Secretaria Municipal de Educação (SMED), Marilda Silva da Silva destaca que a compra de alimentos direto dos produtores locais garante tanto mais qualidade na nutrição dos estudantes como contribui para movimentar a economia da cidade.
“A qualidade do alimento que chega às escolas é muito boa e a gente consegue agregar vários valores nessas compras, garantindo também mais força para o produtor rural. É uma venda certa para eles, o que eles produzirem nós vamos adquirir. É muito melhor deixarmos esse recurso aqui, movimentando a economia do município”, afirma.
Durante o período crítico da pandemia foi através do PNAE que se garantiu alimentação para as famílias em vulnerabilidade social. “Já estávamos com tudo licitado e comprado, então distribuímos nas escolas e elas repassaram para as famílias dos alunos que mais precisavam”, diz Marilda.
Tranquilidade no campo
Para o chefe do escritório municipal da Emater, Rogério Silveira a garantia de compra representa segurança aos produtores. “Com o PNAE os agricultores conseguem se programar, pois conseguem uma venda certa e com preço justo. Nós sabemos que um dos problemas do setor primário é ter pra quem vender, não adianta só produzir. Um dos resultados positivos é que muitos já melhoraram sua qualidade de vida com a participação neste programa”, declara.
Conforme os dados da Emater os produtos mais adquiridos tem sido cebola, repolho, alface, couve, brócolis, cenoura, beterraba, morango, abóbora, tomate e batata doce.