Rio Grande do Sul registra primeiro foco de influenza aviária em aves silvestres

Caso foi registrado na ave silvestre da espécie Cygnus melancoryphus, popularmente conhecida como cisne-de-pescoço-preto. (Foto: J. Patrick Fischer)

Foi confirmado na noite de segunda-feira (29) o primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) no Rio Grande do Sul, na ave silvestre da espécie Cygnus melancoryphus (nome popular cisne-de-pescoço-preto), encontrada na Estação Ecológica do Taim, em Santa Vitória do Palmar. O local já foi interditado para visitação.

Outros dois casos em aves silvestres também foram confirmados: um Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando) na Ilha do Governador, na capital do Rio de Janeiro, e um Sterna hirundo (nome popular Trinta-réis-boreal), no município de Piúma no Espírito Santo.

Com os casos notificados hoje, sobe para 13 o número de confirmações de casos em aves silvestres no Brasil, sendo nove no estado do Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares, Itapemirim, Serra e Piúma, três casos no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra, Cabo Frio e Ilha do Governador, e um no sul do Rio Grande do Sul.

A doença já foi identificada ao todo em seis espécies: Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo), Thalasseus maximus (trinta-réis-real), Sterna hirundo (Trinta-réis-boreal), Megascops choliba (corujinha-do-mato) e Cygnus melancoryphus (cisne-de-pescoço-preto).

É importante lembrar que doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária podem ser adquiridas, principalmente, por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas). Deste modo, pedimos para que a população evite contato com aves doentes ou mortas e acione o serviço veterinário local ou realize a notificação por meio do e-Sisbravet.

O Mapa segue em alerta e informa que com a intensificação das ações de vigilância é comum e esperado o aumento de notificações sobre mortalidades de aves silvestres em diferentes pontos do litoral do Brasil.

O Brasil continua livre de influenza aviária na criação comercial e mantém seu status de livre de influenza aviária, exportando seus produtos para consumo de forma segura. O consumo de carne e ovos se mantém seguro no país.

SEAPI divulga nota

A Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SEAPI) divulgou nota ainda na noite de segunda-feira sobre o caso. Conforme a pasta, a notificação de animais mortos ou doentes foi atendida pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) e as amostras colhidas foram enviadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), unidade referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), que confirmaram a doença.

A Seapi ainda aponta que as medidas e procedimentos previstos no Plano de Contingência para Influenza Aviária continuam sendo aplicados pelo SVO incluindo o estabelecimento das zonas de proteção e vigilância. Cinco equipes de vigilância da Secretaria atuam na região. “Até o momento foram visitadas 74 propriedades rurais, localizadas no raio de 10 km do local, para investigação clínica e epidemiológica, além de orientações à população da área e sensibilização para a notificação de suspeitas em aves domésticas. Nenhum caso suspeito em aves domésticas foi detectado”, informou.

A Secretaria indica que as suspeitas de influenza aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves devem ser notificadas imediatamente à  através da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou através do WhatsApp (51) 98445-2033.

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