O Metaverso é um conceito de ambiente virtual imersivo que proporciona experiências físicas no mundo digital. O termo surgiu em 1992 com o livro de ficção científica, Snow Crash do autor Neal Stephenson. Na obra, o Metaverso era acessado através de um óculos de realidade virtual, método visto atualmente. O óculos VR acompanhado de fones de ouvido proporciona uma experiência completa de imersão em ambientes virtuais como o conhecido Descentraland que possibilita a criação do seu próprio avatar nesse universo. Porém, ele também pode ser acessado de um simples smartphone ou computador com conexão à internet através de, por exemplo, jogos de socialização que simulam a vida real como o Roblox ou Second Life.
Esse mundo virtual tem impactado não apenas nas relações pessoais, mas também no setor corporativo e está se tornando o foco de investimento de empresas que possuem o objetivo de estreitar a sua relação com o consumidor e modificar a sua forma de trabalho. Conforme uma pesquisa da Bloomberg Intelligence, até o ano de 2024, as oportunidades de negócios oferecidas pelo Metaverso vão alcançar o valor de R$ 4 trilhões. O professor da Faculdade de Tecnologia Senac Pelotas e mestre em Ciência da Computação, Pablo De Chiaro Rosa explica que essa inovação irá ser cada vez mais presente no dia a dia das pessoas. “O Metaverso é uma transformação digital e em 2023 será tendência entre as tecnologias em alta. Assim como aconteceu com o surgimento dos computadores e o avanço para internet, smartphones e em seguida aplicativos. Ele oportuniza uma interface do usuário para o mundo e ganha popularidade por possibilitar uma extensão virtual da realidade”, destaca.
Sobre a mudança que o Metaverso irá causar no ambiente e maneira de trabalhar das empresas, o docente ressalta que esse universo não apenas criará profissões, mas também resultará em transformações nas existentes. “O ponto-chave que os negócios precisam compreender é que por mais que novas profissões sejam criadas para o Metaverso, o maior impacto se dará nas profissões que já existem e que irão para dentro desse sistema”, explica.
Apesar de ser uma tecnologia ainda em evolução, existem algumas maneiras de introduzir uma empresa ao Metaverso. Pablo indica o uso de ambientes de trabalho digitais, os chamados escritórios virtuais, que possibilitam que a empresa funcione remotamente com um endereço fiscal ou comercial e aproxima o contato da equipe mesmo em home office. “Em escritórios virtuais é possível ter uma recepção, realizar transferência de ligações, receber correspondências e criar espaços físicos para coworking e reuniões”, informa.
O professor ainda conta que as empresas podem realizar ações de marketing no Metaverso para ganhar evidência, marcas conhecidas como a Nike investem na criação de produtos para utilização nesse mundo. “Sabendo que esse mundo virtual pode ser um espelho ampliado das nossas vidas, é uma ótima opção oferecer serviços e produtos de consumo aos usuários e seus avatares, conforme feito no Sandbox, Roblox, entre outros”, ressalta.
Além de ampliar o relacionamento entre marcas, empresas e usuários, o Metaverso possui um potencial ainda não explorado de transformação da área corporativa, afirma o especialista. “Esse espaço virtual permite que as empresas deem suporte aos seus clientes no digital e explorem tendências como a gamificação e a projeção de experiências que quebrem os modelos tradicionais de serviços para o usuário”, finaliza.
A Faculdade de Tecnologia Senac Pelotas oferece cursos que abordam o assunto. Acesse o site para se inscrever: www.senacrs.com.br/fatec. Mais informações sobre cursos pelo telefone (53) 3225-6918 ou pelo WhatsApp (53) 53 99124-2351. A Faculdade fica localizada na rua Gonçalves Chaves, 602, no bairro Centro.