Brasil assume presidência da Rede SPAA até o ano de 2026

Ao longo do mandato, o Brasil coordenará, juntamente com a Secretaria Técnica da FAO-RLC, a agenda da Rede a fim de ampliar as ações e debates de forma a avançar no combate à fome, não só no país, mas como em escala regional com foco na América Latina e Caribe. (Foto: Janderson Maués/Conab/Ilustrativa)

O Brasil assume a presidência da Rede de Sistemas Públicos de Abastecimento e Comercialização de Alimentos na América Latina e Caribe (Rede SPAA) pelos próximos dois anos, sendo a vice-presidência da representação da Supridora Nacional de Produtos Básicos (Banasupro) de Honduras. O país será representado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A eleição ocorreu durante a IX Reunião da Rede, realizada nesta semana em Brasília, que também definiu que o evento em 2025 será organizado na Colômbia.

“É muito importante para o Brasil termos assumido a presidência da Rede SPAA, a rede dos sistemas públicos de abastecimento e comercialização da América Latina e Caribe para continuarmos o curso dessa agenda internacional no esforço comum, onde todos se comprometem a trabalhar na elaboração e na implementação de políticas públicas para fortalecer uma agricultura resiliente, que leva em conta a produção de alimentos para o mundo, produção em escala, mas respeitando o meio ambiente. Uma ação conjunta dos sistemas públicos de abastecimento de trabalhar a erradicação da fome com a certeza de que quando atuamos conjuntamente a gente tem muito mais possibilidade e com um tempo mais curto de vencer o mal da fome” reforça o presidente da Conab, Edegar Pretto.

Ao longo do mandato, o Brasil coordenará, juntamente com a Secretaria Técnica da FAO-RLC, a agenda da Rede a fim de ampliar as ações e debates de forma a avançar no combate à fome, não só no país, mas como em escala regional com foco na América Latina e Caribe. Outro eixo de atuação está na superação dos desafios de desenvolver sistemas alimentares que se ajustem às alterações climáticas e aumentem sua resiliência.

“A atuação visa criar um ambiente para uma sociedade próspera, equitativa e justa, ao mesmo tempo que incentivam o retorno às atividades agroprodutivas e conservam, protegem e restauram a natureza, por meio da troca de experiências e cooperação sul-sul”, destaca Pretto.

Do mesmo modo, e com vistas a aprofundar as discussões sobre a aproximação do tema ambiental aos sistemas alimentares, a delegação do Brasil no encontro da Rede, propôs uma Declaração Final, onde se apresenta a importância crucial dos países debaterem e integrarem os sistemas agroalimentares na agenda climática global.

Rede SPAA – Criada em 2014 durante a 33ª Conferência Regional da FAO, a Rede SPAA contribui para a implementação do Plano de Segurança Alimentar, Nutrição e Erradicação da Fome da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e para o Programa Estratégico da FAO voltado para estabelecer sistemas agrícolas e alimentares mais inclusivos, eficientes e resilientes.

Participam da Rede SPAA, além do Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Venezuela e São Vicente e Granadinas.

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