A terceira Olimpíada sediada em Paris iniciou na sexta-feira (26) com uma cerimônia inovadora, realizada ao longo de 6 quilômetros do rio Sena, ao invés de um estádio. O evento, apesar da chuva, foi marcado por desfiles de embarcações com as delegações olímpicas e apresentações ao vivo, além de um tributo a figuras históricas e culturais da França. Seguindo até 11 de agosto, a primeira distribuição de medalhas das Olimpíadas aconteceu no sábado (27).
Conforme o quadro de medalhas, o Brasil ocupa a 14ª posição, contando com uma medalha de prata e duas de bronze.
Confira resumo do primeiro fim de semana:
Sábado (27)
Em estreia do vôlei masculino, Brasil é superado pela Itália
Na manhã de sábado (27), a seleção brasileira masculina de vôlei enfrentou uma derrota na estreia da fase de grupos da Olimpíada de Paris, realizada na Arena Paris Sul. O Brasil foi derrotado pela campeã mundial Itália por 3 sets a 1, com parciais de 23/25, 25/27, 25/18 e 21/25. Apesar de ter liderado nos dois primeiros sets, a equipe brasileira oscilou em momentos críticos devido a erros no saque e bloqueio.
Este revés marcou a primeira derrota da seleção brasileira na estreia olímpica desde Atlanta 1996. O técnico Bernardinho e sua equipe, que conta com jogadores como Bruninho, Cachopa e Alan, entre outros, voltarão à quadra na quarta-feira (31) para enfrentar a campeã europeia Polônia, às 4h (horário de Brasília).
Próximos jogos do Brasil:
Quarta-feira (31): 4h – Brasil x Polônia
Sexta-feira (2 de agosto): 8h – Brasil x Egito
Natação brasileira classifica para finais dos 400m livre
Na La Défense Arena, em Paris, com dois nadadores cariocas avançando para as finais dos 400 metros livre, Maria Fernanda Costa, conhecida como Mafê, e Guilherme Costa, apelidado de Cachorrão, garantiram suas vagas na disputa por medalhas.
A nadadora Mafê Costa, de 22 anos, que está participando de sua primeira Olimpíada, conseguiu colocar o Brasil em uma final dos 400m livre após 76 anos. Entre 21 competidoras na fase classificatória, ela registrou o sétimo melhor tempo, com 4min03s47.
A norte-americana Katie Ledecky, com um tempo de 4min02s19 e 10 medalhas olímpicas no currículo, foi a mais rápida. Mafê competirá na final contra Ledecky, além de outras nadadoras de destaque, como Ariarne Titmus (Austrália), Erika Fairweather (Nova Zelândia), Summer McIntosh (Canadá), Jamie Perkins (Austrália), Paige Madden (Estados Unidos) e Isabel Gose (Alemanha).
No evento masculino, Guilherme Costa, conhecido como Cachorrão, obteve o segundo melhor tempo na fase classificatória dos 400m livre, com 3min44s23, ficando apenas atrás do alemão Lukas Martens (3min44s13). Com essa performance, o atleta garantiu uma vaga em uma das raias centrais da piscina para a final.
Além dos destaques, Gabrielle Roncato também competiu na classificatória dos 400m livre feminino, finalizando na 16ª colocação geral.
Dupla brasileira de vôlei de praia brilha em estreia
A dupla brasileira de vôlei de praia, formada por André e George, iniciou com vitória o torneio em Paris 2024, derrotando os marroquinos Mohamed Abicha e Zouheir Elgraoui em menos de uma hora de jogo. O placar final foi 2 sets a 0, com parciais de 21/18 e 21/10. O jogo ocorreu no Estádio Torre Eiffel, próximo ao principal ponto turístico da capital francesa.
Os brasileiros, que são cabeças de chave do Grupo D, enfrentarão os cubanos Diaz e Alayo na próxima terça-feira (30), às 7h (horário de Brasília). Este será o reencontro das equipes após a final dos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile) no ano passado, onde André e George saíram campeões.
O torneio conta com 24 duplas divididas em seis grupos de quatro equipes. Além de André e George, o Brasil está representado por Evandro e Arthur no Grupo E, que também inclui as duplas Perusic/Schweiner (República Tcheca) e Schachter/Dearing (Canadá).
Os dois primeiros colocados de cada grupo avançam para as oitavas de final, junto com os dois melhores terceiros colocados. Quatro terceiros colocados adicionais também serão repescados para completar as vagas restantes. A fase mata-mata começa em 4 de agosto.
Diogo Soares avança à final da ginástica artística masculina em Paris
Diogo Soares será o único brasileiro na final individual geral da ginástica artística masculina na Olimpíada de Paris, marcada para a próxima quarta-feira (30). O atleta de 22 anos, natural de Piracicaba (SP), conquistou a vaga ao terminar em 19º lugar no geral, entre 96 participantes, com um total de 81,999 pontos. Entre suas melhores performances, destacou-se na série de saltos com 14,200 pontos. Arthur Nory, bronze na Rio 2016, foi eliminado ao terminar em 13º na barra fixa com 12,900 pontos, já que apenas os oito primeiros avançavam.
Domingo (28)
Willian Lima conquista prata no judô, a 1ª medalha do Brasil em Paris
O judoca brasileiro, Willian Lima, conquistou a medalha de prata na Olimpíada de Paris, a primeira do país na competição. Natural de Mogi das Cruzes (SP), Lima, de 24 anos e estreante em Jogos Olímpicos, perdeu na final dos 66 kg para o japonês Abe Hifumi, atual campeão olímpico e quatro vezes campeão mundial. Para chegar à final, o paulista venceu quatro combates consecutivos.
Em outra conquista brasileira, Larissa Pimenta garantiu o bronze na categoria dos 52 kg ao vencer a italiana Odette Giuffrida na final do golden score, após a adversária ser punida com o terceiro shido. Pimenta, de 25 anos, avançou à disputa pelo bronze após uma vitória por ippon sobre a alemã Mascha Ballhaus na repescagem.
Rayssa Leal conquista medalha de bronze no skate street feminino
A atleta brasileira Rayssa Leal, de 16 anos, conquistou a medalha de bronze no skate street feminino dos Jogos Olímpicos Paris 2024 no domingo (28). Após um início instável, com erros nas duas primeiras voltas, Rayssa se recuperou e obteve a maior nota da história olímpica do skate street, 92.68, avançando para a final em sétimo lugar. Na fase final, ela terminou às voltas em quinto lugar com 71.66, mas brilhou nas manobras, estabelecendo um novo recorde olímpico de 92.88. Apesar de erros em outras tentativas, uma última nota de 88.83 garantiu o bronze. Em Tóquio 2020, a maranhense havia conquistado a prata aos 13 anos.
Brasil sofre virada do Japão
A seleção brasileira feminina de futebol sofreu uma virada dramática contra o Japão no Estádio Parc des Princes, em Paris. Após um gol inicial de Jheniffer, o Brasil foi superado por 2 a 1 com gols nos acréscimos, marcados por Kumagai e Tanikawa. A derrota deixa as duas seleções empatadas com três pontos no Grupo C, tornando decisiva a última rodada para a classificação às quartas de final.
O Brasil enfrenta a Espanha, campeã mundial, na próxima quarta-feira (31), em Bordeaux, enquanto Japão e Nigéria jogam em Nantes. Um empate garantirá a equipe brasileira na próxima fase.
O jogo teve início difícil para o Brasil, que enfrentou dificuldades para superar a marcação japonesa e sofreu com a velocidade das adversárias. O Japão teve uma grande chance aos 18 minutos e sofreu um pênalti no primeiro tempo, mas Tanaka teve sua cobrança defendida por Lorena. No segundo tempo, o Brasil abriu o placar com um gol de Jheniffer, após passe de Marta.
No entanto, o Brasil sofreu dois gols no final do jogo. Aos 46 minutos, um pênalti foi marcado para o Japão após toque de mão de Yasmim, e Kumagai converteu. Pouco depois, Tanikawa aproveitou um erro na saída de bola do Brasil e marcou o gol da vitória japonesa.
Brasil disputará 7 finais da ginástica artística feminina em Paris
Na noite de classificatórias da ginástica artística em Paris, o Brasil teve uma performance destacada, assegurando sete vagas na fase final que definirá os medalhistas. A seleção brasileira garantiu a quarta melhor nota na disputa por equipes, com um total de 166.499 pontos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Itália e China. A diferença para os dois últimos foi inferior a 0,4 pontos.
A estrela da noite foi a multimedalhista Rebeca Andrade, que se classificou para quatro finais individuais, todas entre as três melhores notas. No individual geral, Rebeca ficou em segundo lugar, atrás apenas de Simone Biles. Flavia Saraiva obteve a 11ª melhor soma e Jade Barbosa, com a 20ª colocação, não avançou para a final.
Nos aparelhos, Rebeca também se destacou: na trave de equilíbrio, ela garantiu a terceira melhor nota, enquanto Julia Soares, em sua estreia olímpica, conquistou a última vaga na final, ocupando o oitavo lugar. No solo, Rebeca novamente foi a segunda colocada, atrás apenas de Biles.
No entanto, as barras assimétricas trouxeram uma surpresa. Apesar das expectativas, nem Rebeca Andrade nem Simone Biles se classificaram para a final, ocupando a 10ª e a 9ª posições, respectivamente. Ambas são as primeiras reservas para o caso de desistência de qualquer atleta.
A final por equipes ocorrerá na terça-feira (30), às 13h15 (horário de Brasília), enquanto as finais individuais estão marcadas para quinta-feira (1º de agosto), também às 13h15.
Surfe brasileiro avança em Teahupo’o e se destaca nas Olimpíadas de Paris
O surfe brasileiro segue demonstrando seu favoritismo nas ondas de Teahupo’o, no Taiti, cenário das competições de surfe dos Jogos Olímpicos de Paris. Neste domingo (28), duas surfistas brasileiras garantiram vaga nas oitavas de final. Tatiana Weston-Webb e Tainá Hinckel venceram suas disputas na repescagem, avançando após não terem se destacado na primeira rodada. Elas se juntam a Luana Silva, que já havia garantido sua classificação no sábado (27).
No quadro masculino, Filipe Toledo é o único brasileiro ainda lutando pela classificação, já que Gabriel Medina e João “Chumbinho” Chianca avançaram diretamente na competição de sábado. Toledo competirá na repescagem às 23h (horário de Brasília) deste domingo, enfrentando o neozelandês Billy Stairmand.
Ao contrário da fase inicial, onde três surfistas competem em cada bateria, apenas o vencedor avança. As oitavas de final são eliminatórias, com apenas um surfista passando para a próxima etapa.
No quinto confronto do dia na chave feminina, Tatiana Weston-Webb venceu Candelaria Resano, da Nicarágua, com uma pontuação de 9.50 contra 3.30 da adversária. Já na sétima bateria da segunda rodada, Tainá Hinckel superou a canadense Sanoa Dempfle-Olin com um resultado apertado: 7.10 contra 6.30.
Ainda não foram definidos os adversários dos surfistas brasileiros para a terceira fase, que equivale às oitavas de final. O Brasil é a única equipe a competir com o número máximo de seis surfistas (três homens e três mulheres) nos Jogos de Paris, devido a vagas adicionais conquistadas no ISA World Surfing Games de 2024, realizado em Porto Rico. Gabriel Medina assegurou a vaga olímpica ao vencer o ISA Games, enquanto Tatiana Weston-Webb, já classificada para Paris, contribuiu para a terceira vaga feminina, preenchida por Luana Silva, nascida no Havaí de pais brasileiros.
Com o maior número de atletas no surfe nos Jogos de 2024, o Brasil já possui uma medalha de ouro na modalidade. Na estreia do surfe nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Italo Ferreira conquistou o ouro na competição masculina.
*Com informações da Agência Brasil