Trinta anos do Plano Real

João Neutzling Jr, economista, bacharel em Direito, mestre em Educação, auditor estadual, professor e escritor. (Foto: Arquivo pessoal)

O Plano Real foi um dos mais bem sucedidos planos de estabilização da inflação no país. Foi elaborado a partir de 1993 e consolidado em 1º de julho de 1994 com a extinção da Unidade Real de Valor (URV) e surgimento do real como unidade monetária nacional.

A taxa de inflação que atingiu 2.708% em 1993 desabou para 14,8% em 1995. Depois, para 1,7% em 1998. O plano conseguiu estabilizar a inflação de forma duradora até os dias de hoje.

Uma peça-chave do plano foi a manutenção da taxa Selic (taxa de juros básica do país definida pelo Banco Central) em patamar muito acima das taxas de juros das principais praças financeiras externas. Em 1995, a Selic foi de 38% aa enquanto a Prime Rate (EUA) foi de 8,50% aa e a Libor (Inglaterra) foi de 6,94% aa. Isso viabilizou um enorme fluxo positivo de recursos externos para aplicação no mercado financeiro – o que também contribuiu para a redução da taxa de câmbio que chegou a R$ 0,90/US$ em 1995.

Ocorreu depois esgotamento das reservas cambiais em 1998, e depois da reeleição de Fernando Henrique Cardoso, houve a desvalorização do real em janeiro/1999 – terminando com a paridade real-dólar.

Mas apesar de alguns percalços, o plano foi exitoso em terminar com a inflação no país.

João Neutzling Jr.

Economista, bacharel em Direito, mestre em Educação, auditor estadual, professor e escritor. Instagram: [email protected]

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